Livro da Maria! Capítulo 44 – No inferno (Parte 2)

Novo Capítulo!!!

Boa Leitura e comentem por favor!!!

Agora não vou demorar mais em atualizar a fic!!

Era estranho não ouvir o palpitar de seu coração ou sentir o ar nos pulmões. Achava que estava morta, porém ouvia os sussurros de alguém.

                 Sempre pensei que a morte era tranquilo, sem dor, mas agora vi diferente. Estava escuro, não conseguia me mexer e sentia uma ardência nas minhas veias que se espalhavam pelo meu corpo.

                Porque isso estava acontecendo comigo? Será pelo que fiz a todos que cruzaram meu caminho? Pelas mortes que causei? Estaria pagando por isso?

               De repente, senti uma pressão no meu peito várias vezes. Os minutos passando e ainda continuava. Parecia como se...alguém estivesse me reanimando, tentando fazer meu coração bater novamente.

               O tempo foi passando e nada, até que sinto lábios em minha boca. A pessoa abriu minha boca e senti uma quantidade de ar entrando entre meus lábios.

               Sim, havia uma alma bondosa tentando me trazer de volta a vida.

               O tempo se passando e nada. Tentei me mexer, mas não conseguia. Queria chorar, mas também não sentia. A ardência começou a aumentar. Estava começando a incomodar.

               Ouvi alguns sussurros desesperados, alguém chorando... Não sabia a onde e quem estava a minha volta.

               Os sussurros ainda estavam no ambiente, mas pareciam tão tristes. Será que era por minha causa? Será....que estava morta?

               O tempo passava e ainda não sentia nada. Ouvi uma porta se fechando. Estava sozinha!

                “Meu Deus tenha piedade de mim. Sei que errei, matei, mas não quero morrer assim.”

                Supliquei em pensamento.

                Senti um fogo nas minhas veias e aumentava....aumentava...aumentava....

                Alguém estava em queimando.

                “POR DEUS PAREM COM ISSO... NÃO”

               Queria gritar, mas só conseguia por pensamento.

               A dor era insuportável. Não queria morrer assim...

               Senti mãos em minha volto. Pareciam me levar para algum lugar.

               Será que ninguém estava vendo que estou pegando fogo?

               Parecia que me colocaram em uma banheira, mas nada do fogo amenizar. Só piorava. Senti os músculos dos dedos do meu pé e mexi. Segundos depois comecei a sentir todo meu corpo. Graças, agora poderia me mexer, mas uma dor forte no meu peito me fez gritar e abri os olhos. Fitei uma mulher belíssima de olhos chocolates na minha frente com o rosto assustado. Meu coração batia tanto que eu conseguia ouvir. Minha respiração estava forte demais. Rompi mais um grito e sem saber o que fazer, comecei a me contorcer para tentar apagar esse fogo, essa dor forte em mim.

                 Meus gritos continuavam e ainda me retorcia. Senti meu corpo flutuar e ser deita em algum lugar. Ainda tentando em vão tirar essa dor, esse fogo que estava me dilacerando. Senti várias mãos me segurando em várias partes do meu corpo. Tentava me mexer, mas não conseguia, então comecei a gritar mais alto. Comecei a chorar. Chorei por mim, pela minha família, amigos, meu amor e minha vida. Estava sofrendo sozinha sem saber que estava fazendo essa maldade.

                 As únicas coisas que conseguia escutar eram meus gritos de dor, nada mais. De repente, algo me furou no peito, mas precisamente no meu coração. O que fizeram?

                 O tempo passava e dor continuava junto com meus gritos e a tentativa de sair daquele aperto. 

                 Não sei quanto tempo passou....Segundos, minutos ou horas, mas a ardência tinha diminui e uma sonolência me tomou. Depois de algum tempo já não sentia mais nada e os gritos acabaram virando sussurros. Antes de apagar vi a imagem que nunca pensei em ver novamente. A mulher dos meus sonhos estava na minha frente sorrindo para mim. Sempre linda e seus olhos cor de violenta, tão meigos e ao mesmo tempo tão aterrorizantes se fixaram em mim.

                 - Seu destino era começar agora, Maria. – Ela andou até a porta e virou novamente para mim. – Eu voltei! – Riu.

                 E adormeci.