Livro da Maria! Capítulo 42 - Porque tudo tem um fim?

04/03/2011 20:13

 

Novo Capítulo da Fic!

Desculpem a demora!!

Espero que gostem e comentem também por favor!!

Boa leitura!

 

Capítulo 42 – Porque tudo tem um fim?

 

            Eu estava colo de Sue enquanto ela cantarolava uma música para acalmar-me. Já não havia mais lágrimas, só a dor que se estalou no meu peito. Carlisle assim como Esme vieram falar comigo. Estava num estado catatônico, não tinha reação nenhuma. Eu escutava sussurros da Esme, Sue, Charlie e Carlisle, mas meu cérebro não processava nada. 

           Doutor Marcelo apareceu e de repente estava ao seu lado querendo saber da minha mãe.

           - Maria, nós colocamos ela no coma, para ter mais chances de sobrevivência. Nós estamos fazendo o impossível.

           - Eu sei Doutor. – Foi só isso que disse.

          - Amanhã veremos como ela vai estar aos medicamentos. Por agora, não temos mais nada o que fazer.

          Virei meu corpo indo em direção aos bancos para voltar ao meu estado vegetativo, quando sinto mãos geladas no meu braço.

           Carlisle olhou-me e num pequeno gesto ele fez com que toda a dor cessa-se. Ele me abraçou e senti sua pele gélida, mas era tão reconfortante como se todo o peso, toda a dor fosse arrancada de mim.

           - Eu vou fazer de tudo para salva-lá Maria. –Disse Carlisle.

           - Eu sei que vai tentar, mas não vai consegui.

           - Não diga isso.

           - Carlisle, encare o fato, ela quer morre. A hora dela chegou. Eu sei disso e ela também. Minha mãe já sofria muito desde a morte do meu pai. Era como se os dois fossem feitos um para o outro e com isso os dois não poderiam viver sem o outro. Eu sei que parece loucura o que digo, mas...

           - Não é loucura. Eu já vi uma coisa dessas é lindo, mas ela tem você aqui. Ela não vai de deixar sozinha.

           - Ela sabe o que é melhor pra mim Carlisle.

           Ele continuou me abraçando.

           A noite começou aparecer. Todos ainda estavam comigo, enquanto ainda estava no meu ‘mundinho’. Ouvi alguém se aproximando, mas não obtive nenhuma reação.

           - Maria, você precisa dormi.

           - Não. Quero ficar aqui.

           - Maria não tem nada o que fazer aqui. – Disse Marcelo.

           - E melhor querida. Você descansa e volta amanhã cedinho. – Disse Esme.

           Olhei para os rostos. Estava me sentido mesmo cansada.

           - Tudo bem, mas preciso que alguém me leve para casa.

           - Você não vai mesmo para casa nesse estado. – Disse Charlie.

           - Se for você pode ir para nossa casa. Cuidaremos de você. – Disse Esme.

           - Será bem recebida. – Disse Carlisle mostrando seu sorriso.

           - Obrigado, mas eu não quero. Prefiro em casa mesmo.

           - Não Maria. Fique lá em casa. E perto do hospital. Qualquer coisa corremos para cá, tudo bem? – Disse Charlie.

           - Ta legal. Tem algum problema se eu ficar na casa do Charlie?

           - Não querido, pode ficar é melhor mesmo.

           Nós saímos e nos despedimos de cada um.

           Não falamos nada na viatura, foi melhor. Fazia-me pensar em tudo que estava acontecendo comigo.

           Quando entramos, me fez lembrar aquele dia em tive uma dor tão forte no peito como se algo em rasgasse.

           Charlie foi junto comigo até o quarto de Bella, mostrou suas roupas de dormi e o banheiro, como se antes ele já não tivesse me mostrado.

           Terminei minha higiene e voltei ao quarto. No cômodo ao lado da cama, tinha duas pílulas e um copo d’água. Peguei uma e bebi. Deitei na cama quentinha tentando relaxar para dormi, mas os minutos se passaram e nada do sono vir. Só as imagens da minha mãe vinham na minha mente. Levantei e fui até a janela abrir-la. Olhei para a floresta e de repente vejo uma figura de uma mulher. Olhava-me confusa, até que pareceu alguém a puxando. Por um tempo achei que fosse Isabella, mas o que ela faria no meio da floresta?

          Olhei para baixo e vejo Adam com seu óculo escuro, mesmo a noite e seu lindo sorriso.

          - O que esta fazendo aqui? – sussurrei.

          - Vim te ver. Sai daí que vou entrar.

          Sai de perto e alguns segundos depois ele estava do meu lado. Acabei em assustando.

          - Oi. – Disse

          - Oi.

          Abracei-o forte e chorei de novo. Ele me pegou no colo e me levou até a cama.

         - Vai ficar tudo bem Linda.

         - Minha mãe está morrendo. Eu não sei mais o que fazer.

         - Estou do seu lado. Não se preocupe.

         - Estou com medo.

         - Medo de que?

         - De tudo.

         - Querida, escuta o que vou te falar.

         Virei meu rosto para olhá-lo.

         - Tudo que esta acontecendo com você tem um propósito. As dúvidas que você tem até hoje, seu pai nunca envelhecer, seus sonhos com essa mulher, a família Cullen, as mortes,... Até eu, tudo isso será revelado.

         - Como sabe disso tudo?

         - Isso depois saberá. Porque ainda não está na hora.

         - To muito cansada para discutir.

         - Ta bom. Depois falamos disso. – Ele riu. - Vem deitar. Eu fico aqui até você dormir.

         Deitei ao seu lado. Pus minha cabeça ao seu peito gelado e aos poucos o sono foi chegando.

         - Durma minha linda. Tudo vai ficar melhor.

         E adormeci.

         Estava na inconsciência. Dormindo um sono profundo. Sentindo o cheiro de Adam, seu hálito doce e sua pele gélida, era tão reconfortante. Até que meus sonhos me apanharam.

         “Era a mulher, parecia diferente, não como a mulher ofuscante que era, parecia...humana, mas ainda linda. 

         Ela olhou para baixo e um grande volume estava no seu ventre. Ela sorria para o homem a sua frente. Lembro dele! Ela o chamava de Paulo. Foi nesse dia em que senti aquela dor no peito tão forte.

         Os dois pareciam tão felizes. Ela estava grávida. Acariciando sua barriga com tanto carinho e amor.

         Depois veio outra visão. Ela chorava muito, aquela dor veio com força total. Ela gritava tanto, se debatia enquanto outras pessoas a seguravam.

          - Larguem meu bebê. Larguem! – Gritava.

          Os homens estavam tirando o filho dela.

          - Meu filho. Não deixem que os levem. Ordeno que me devolvam. Parem! Caius não fala isso.

          - Ele não é um de nós. – Disse o homem de cabelos brancos. – Ele pertence à outra pessoa.

         - NÃO CAIUS. ELE É MEU. MEU! BENJAMIM, BENJAMIM...

         Ela gritou de dor, quando viu seu filho saindo da porta.”

            Senti alguém me sacudindo. Abri os olhos assustada. Estava Charlie e Sue me olhando preocupados.

            - Você está bem querida? – disse Sue.

            De repente comecei a chorar. E um grito da minha garganta saiu.

            - Calma filha. Tudo vai ficar bem.

            Aquele sentimento de perda. Como se tivessem tirado um pedaço de mim.

            Aos poucos em acalmava.

            - Quem é Benjamim? Você tem um filho? – Disse Charlie.

            - Não. Não conheço nenhum Benjamim.

            - Então, porque...

            - Foi só m sonho, um sonho ruim.

            - Agora se acalme Maria. – Disse Sue.

            Cai na inconsciência de novo.

 

            Os dias se passaram, sempre visitava minha mãe. Quando a vi ela estava ainda em coma com vários aparelhos ao redor. Aquilo era deprimente demais. Estava me correndo por dentro. Sempre que estava com ela, chorava demais, quase não conseguia falar. Só dizia para ela lutar e ficar comigo, não saberia o que fazer sem ela ao meu lado. Adam sempre vinha em visitar a noite. Não dizia mais nada só deitava e dormi comigo. Ainda estava na casa de Charlie até minha mãe ficar melhor. Carlisle ainda fazia de tudo para salvar minha mãe. Dava para perceber seu cansaço. As olheiras roxas, sua rosto abatido. Esme estava preocupada também, mas não adiantou falar com ele.

              Faz 3 dias que minha mãe está no hospital sem nenhuma melhora. Acordei cedo e como Charlie estava me ajudando com o trabalho, preparei um café-da-manhã para ele quando acordasse e sai para o hospital. Era bem cedo ainda, o sol ainda estava aparecendo no horizonte.

             Chegando ao hospital, foi até a ala onde minha mãe estava internada.

             - Olá Maria. Já está aqui? – disse o Marcelo.

             - Sempre chego nesse horário. – Fico um tempo só nos olhando. – Então posso vê-la?

             - Pode esperar um pouco?

             - Ta legal.

             Fiquei esperando até me chamarem.

             - Oi Maria.

             - Oi Carlisle. Como está?

             - Bem. – Ele parecia ter indo em casa. Estava com outra roupa e com o cabelo molhado.

             - Não está. Você está se acabando por minha causa.

             - Não vamos falar disso.

             - Tudo bem.

             Marcelo chegou sorrindo até a mim.

             - Sua mãe acordou.

             Uma felicidade tomou conta de mim

             - Vou vê-la. – Foi indo, sorrindo até doer a boca.

             - Perai Maria. – Disse Marcelo.

             - O que foi?

             - Ela quer ver primeiro o Carlisle.

             - O QUE?

            Como assim ela queria ver primeiro o Carlisle ao invés de mim? Deu perda de memória a ela?

             - Calma Maria. Vou ver o que ela quer? Deve ser nada de mais. Espere um pouco que vou te chamar.

             Sentei em um dos bancos e esperei.

             As horas foram se passando e minha paciência se esgotando, até que uma das recepcionistas me chamou para que eu entrasse no quarto.

             Quase corri até o quarto. Abri a porta e ela estava minha mãe. Com um sorriso lindo nos lábios ao me olhar e as lágrimas caindo em seus olhos. Corri até ela e abracei-a.

             - Calma filha. Estou aqui. Ainda não fui.

             Sorri.

             - Hãm...Vou deixar vocês a sós. – Carlisle saiu. Seu rosto estava tomado de confusão e dúvida.

             - O que disse a Carlisle, Mãe?

             - Nada. Só precisávamos conversa sobre você.

             - O que tem eu?

             - Nada filha. Não vamos começar a interrogação.

             - Odeio quando você faz isso.

             Ela riu.

             - Vem aqui deitar comigo.

             Deitei-me ao seu lado. Como quando era criança. Ela fazendo carinho no meu cabelo.

             - Como está se sentindo?

             - Depois falamos disso. – Ela cortou. – Nossa, quando tempo fiquei apagada?

             - Uns 3 ou 4 dias.

             - Bastante tempo. Eu me lembro de você quando criança. Dormia tanto que parecia que estava morta e depois de dormi tanto reclamava que acordou cedo.

             - Ah mãe. Eu dormia pouco.

             - Pouco? 14 horas de sono é pouco?

             - Ta legal, mas da um desconto. Eu era criança.

             - Lembra do Bob?

             - Nosso cachorro. Sinto falta dele.

             - Ele parecia mais humano que cachorro. Você é seu pai que acostumaram ele mal.

             - E você que mimava ele?

             - Ta bom. Todos nós éramos culpados.

             - E meu pai que era sempre confundido com meu irmão? – Rir.

             - Isso era horrível, me achava velha perto dele.

             - Para de bobagem. Você é linda. Uma coroa gostosa. – Rir mais.

             - Olha quem fala! Lembro-me do seu pior mico.

             - Do pedalinho? Ai não mãe. Aquilo foi péssimo.

             Nós duas rimos. Vi que passamos a tarde relembrando o passado. Ria tanto de tudo que fizemos. Foi o melhor dia que passei com ela.

             - Éramos felizes.

             - Tenho falta desse tempo. Queria volta ao passado.

             - Nada é como queremos filha. – Ela baixou a cabeça e voltou a e olhar. – Filha, minha hora chegou.

             - Não fala isso. Lembra que você me prometeu...

            - Eu sei amor, mas já estava escrito. Você vai ficar bem. Vou estar do seu lado, sempre. Como seu pai e Carlos estão com você.

            Eu chorava só a escutando.

            - Você sabe mais que eu estava esperando a hora para estar ao lado do seu pai. E chegou! Sabe que eu não vivo sem meu o Roberto. Ele é tudo na minha vida. Desde que pus meus olhos nele foi como se tudo em minha volta tivesse cor. Foi algo tão forte e único, filha. Até que veio você é completou nossa felicidade. Sempre que disse que você é especial, você é. Não duvide isso.

             - E você e papai são tudo pra mim. Não quero ficar só mãe.

            - E não ficará só. Eu estarei aqui. – ela pegou minha mão e foi até o meu peito. – Sempre que precisar vou estar ao seu lado. Te protegendo.

           - Eu quero ir pra onde você vai. Não me deixe.

           - Aonde vou você não pode ir. Não torne as coisas mais difíceis Maria.

           Chorei mais.

           - Estou tão cansada. Sabe você poderia cantar pra mim sua canção de ninar.

           - Claro.

           - Filha, - Olhei para ela. – Eu te amo muito. Demais. E sempre estarei ao seu lado. Agora estou vendo o Roberto ao seu lado, sorrindo pra você. Ele disse que te ama muito.

           Eu não conseguia controlar minhas lágrimas.

           - Eu te amo demais mãe...e pai. Obrigado por tudo.

           - Vamos cante para eu dormi tranquila.

           Ela continuava a fazer carinho em mime cantei para ela:

            

 “Brilha, brilha estrelinha
Quero ver você brilhar
Faz de conta que é só minha
Só pra ti irei cantar
Brilha, brilha estrelinha
Brilha, brilha lá no céu
Vou ficar aqui dormindo
Pra esperar você sonhar”

            - Te amo Maria. Sempre!

            - Sempre. – Respondi.

            Continue cantando até que senti sua mão parar. Olhei ela parecia serena, sorrindo, até que escutei o bite da máquina parar.

            - Mãe?

            Nada.

            - Mãe?

            Começei a me desesperar. Minha mãe... ela estava...

            - NÃO! NÃO.... MÃE...ACORDA....

            Escutei vozes e alguem me tirando em cima dela.

            - ME LARGUEM! MÃE....ACORDA... NÃO ME DEIXE!

            Vi Marcelo tentando reanila-la. Fizeram de tudo paar voltá-la a vida. Minuts se passaram e Marcelo olhou para a enfermeira e balançando a cabeça negativamente.

             - NÃOOOOOO...MÃE... NÃO MORRA.

             Sai dos braços da pessoa e corri até corpo da minha mãe. Chorando.

             - NÃO ME DEIXE.... NÃO ME DEIXE... MÃE...MÃE...

             - Maria se acalma. – Escutei Carlisle dizer.

             - VOLTA PRA MIM MÃE... NÃOO...NÃO... – Comecei a sacudir o corpoe bater em seu peito. – O CORAÇÃO TEM QUE BATER. VOLTA MÃE....VOLTA A BATER!! NÃO ME DEIXE.

             De repente senti uma pontada no braço, até que aos poucos senti meu corpo mole e quase caindo.

             - Desculpe Maria. Era para seu bem. - Disse Carlisle.

             - Não mãe...Mãe... Não me dei...

             E a escuridão me tomou. Eu não temia a escuridão, isso era algo que queria. Queria que essa escuridão fosse eterna. Que vivesse num mundo em que minha dor fosse algo minúsculo, pois a escuridão é silenciosa, quando você cai nas sombras e no oco e no doce macio nada-de-mim.

           

 

 

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Tópico: Livro da Maria! Capítulo 42 - Porque tudo tem um fim?

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capitulo 42

Ai amiga que triste, me emocionei aqui.Louca por mais! bjokas *-*

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maria

aaaaaaaaaaaaaaaaaa quero mais adorei to ate chorando por causa da dor que a maria sente.
agora mais ansosa q nunca pelo proximo cap
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
quero mais kkkkkk

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