Livro da Maria! Capítulo 35 - Forks

09/12/2010 19:52

Caros Leitores de Pôr do Sol!

Desculpem a demora, mas semana que vem normaliza de novo as postagem. Toda Quarta e Domingo.

Comentem batantes o capítulo de hoje.

Boa Leitura!

 

 

Capítulo 35 – Forks

 

       Forks era tão pequena quando o bairro que morava no Brasil. Tipo de lugar que todos se conhecem desde criança. Comecei a me sentir uma estranha em um lugar totalmente desconhecido pelo homem.

       Era tanta árvore, tanto verde, que me sentia no meio de uma floresta.

       Minha mãe estava certa em dizer que não iria gostar de Forks. Não pelas pessoas, pois ainda não conhecia ninguém, mas o ambiente, o clima me deixa pior do que já estava. Queria entender como ela gostava tanto desse lugar. Se não fosse pela minha mãe já tinha indo embora na primeira árvore que aparecesse.

       Maria pare de ser dramática. Deve admitir que o lugar é bonito e tem seus atrativos.”

       Concordei com meu pensamento. Devia estar reclamando tanto por estar muito nervosa.

       Peguei meu celular para ver as horas.

       - Droga! – Disse.

       - Que foi filha?

       - Esqueci de ajustar o horário no meu celular. Estou com o horário do Brasil.

       Esgueire-me na frente do motorista e perguntei as horas. Ele me respondeu com um sorriso galanteador. Dei um sorriso meio assustada e voltei para meu lugar. Arrumei as horas no meu celular.

        Depois de meia hora, chegamos a casa. 

        Era muito bonito. Dois andares, o exterior era de um azul claro, telhado meio pontiagudo, duas janelas no segundo andar e uma no primeiro e um jardim em volta. Estava encantada. Minha mãe viu como estava.

         - Eu sei. É linda!

         Só assenti positivamente pra ela.

         Depois de alguns segundos admirando meu novo Lar, pequei nossas bagagens e paguei o taxista. Saiu caro à corrida, mas nos facilitou. Virei-me ainda fitando a casa. Minha mãe pegou as chaves da minha mão e algumas bagagens. Paramos em frente à porta. Ela suspirou e olhou para mim, me mostrando seu sorriso de lado.

          - Queria que seu pai estivesse aqui para ver isso.

          Antes de eu falar alguma coisa, ela abriu a porta e adentrou.

          - Está como me lembrava da última vez.

          Adentrei também olhando a casa. Quando minha mãe disse que estava igual da última vez. Pensei na casa com moveis velhos, aparelhos antigos, mas eu estava enganada. A casa estava perfeita. Moveis, aparelhos, tudo muito moderno. A casa estava impecavelmente limpa. Era bem ampla, a sala ocupava mais a parte de baixo. Ao lado da sala tinha a cozinha com tudo que precisávamos. Nos fundos a lavanderia. Também nos fundos um acesso para o jardim. Tinha lareira na sala uma mesa no centro com rosas brancas. No segundo andar tinhas 3 quartos e mais um banheiro no meio deles. O quarto de casal era uma suíte. Nunca imaginei que a família da minha mãe já foi rica.

           Sentei em um dos sofás e continue olhando ao redor.

           - Na época tínhamos dinheiro. Meu pai nos dava do bom e do melhor. Essa casa esta na família desde a 5º geração. Minha mãe nunca quis se desfazer dela. E eu amava também a casa. Passei ótimos momentos aqui.

           - Estou meio sem reação. E belíssima.

           Nós nos olhamos e corri para o colo dela. Ela me abraçou e deu um beijo na minha testa.

            - Obrigado meu amor. Por tudo.

            - Não precisa me agradecer. Só me prometa que nunca vai me abandonar. Que vai ficar comigo até quando estiver velhinha com vários netos seus ao redor te falando que você é a melhor avó do mundo.

            - Prometo.

            - Com o dedo mindinho? – Mostrei meu dedo a ela e comecei a rir.

              - Com o dedo mindinho. – Ela apertou meu dedo com o dela e ficamos assim por um tempo.

              Alguns minutos foram se passando. Levantamos e fomos arrumando nossas malas. Escolhi o quarto perto do banheiro que tinha vista para o jardim. Minha mãe ficou no quarto de casal. Depois de uma hora já tinha acabo de arrumar tudo. O resto chegaria amanhã à tarde. Tomei banho e troquei de roupa. Desci a escada e encontrei minha mãe na cozinha fazendo o almoço. Liguei para as meninas no Brasil falando que já tinha chegado e explicando como era aqui.

               Depois que terminei, fui até a cozinha. Iria dar meio-dia. A comida já estava pronta. Comemos tranquilamente. Minha mãe contava suas histórias sobre Forks. Quando deu 12h30min, peguei minha mochila.

                - Vai a onde? – Perguntou minha mãe.

                - Procurar emprego. Vai ser meio difícil por ser um bairro pequeno, mas tenho fé que irei conseguir.

                - Porque tanta pressa? Acabamos de chegar.

                - Mãe, não iremos sobreviver só com o dinheiro da casa. Mesmo que a casa esteja ótima, ainda faltam algumas coisas, tem seus remédios que não são baratos.

                - Tudo bem. Só tome cuidado.

                - Você também Dona Jennifer. – Fui até ela e lhe dei um beijo no rosto. Peguei as chaves e sai.

                Fiquei na porta pensando se iria trancá-la como fazia antes, mas porque faria isso? Ela estava ótima. E não tinha a menor possibilidade de ela ter trazido algo, porque fui eu que fiz sua mala. Então, não a tranquei.

                Estava andando por minutos. Fui ao supermercado, lojas, bares, mas nada. Estava difícil. Começava a ficar preocupada. Andei mais ainda. Estava longe de casa. Parei num restaurante. Falei com um dos funcionários e pediu para eu esperar.

                 Depois de alguns minutos, a dona do estabelecimento me chamou. Entrei na sala. Era pequena com muitos porta-retratos e quadros. Tinha um tom de branco. Sentei na cadeira de madeira.

                 - Bom senhorita. Não estou precisando de funcionários.

                 Mais uma rejeição. Era minha última esperança aqui.

                 - Ah sim. Obrigado pela consideração.

                 Já estava me levantando, quando ela me chamou.

                 - Espere. Você parece com alguém que conheço. Qual é o seu nome?

                 - Maria. Maria Walkers.

                 - Oh! – Ela disse surpresa. – Conheci sua mãe na infância. Era uma ótima pessoa. Como ela está?

                 - Está bem, Obrigado.

                 - Isso é ótimo. Estão morando a onde? Quero visitá-la.

                 - Na casa dos meus avos.

                 - E uma ótima casa.

                 - Sim. É linda. – Olhei para ela. Era uma mulher que devia ter seus 45 anos. Tinha algumas rugas, olhos verdes, cabelos pretos. Era belíssima. – Desculpe, mas tenho que ir. Tenho que conseguir um emprego.

                 - Claro. Posso te ajudar.

                 - Sim.

                 - A delegacia de Forks está precisando de um digitador. Acho que ainda não foi preenchida a vaga.

                  - É longe daqui?

                  - Não. Ande reto até a 2º rua, depois vire e ande mais um pouco e você chega lá.

                  - Obrigado.

                  Ela se levantou e estendeu a mão.

                  - Foi um prazer conheça-la. Boa sorte.

                  - Obrigado.

                  Sai correndo. Já era quase 15h30min. Liguei para minha mãe falando que iria demorar um pouco.

                  

                  Cheguei à delegacia. Tomará que não cheguei tarde de mais.

                  Entrei meio receosa. Fui até a atendente. Expliquei minha situação. Ela pediu para que eu esperasse. Alguns minutos depois, ela me levou até a sala do Chefe. Passei por alguns policias. Senti-me incomoda. Estavam me comendo com os olhos. Mas isso sempre acontecia, já estava acostumada, mas até aqui nessa cidadezinha...

                    A recepcionista me anunciou e pediu para que entrasse na sala.

                    Vi um homem com bigode, não muito branco, cabelos pretos curtos, aparência de ter uns 43 anos. Era um homem com seus atrativos.

                     Ele indicou para me sentar.

                     - Então, senhorita. Está procurando um emprego?

                     - Isso. Informaram-me que estavam procurando uma digitadora e quero me candidatar ao cargo.

                     - Você teve sorte. Ainda não encontramos ninguém para o cargo.

                     Eu sorri para ele.

                     - É ótimo.

                     - E só preencher está folha aqui e depois iremos ter uma pequena entrevista.

                     Comecei a preencher a ficha com meus dados. Depois de alguns minutos, entreguei a ele. Ele começou a examinar-la.

                      De repente, começou a me fitar e olhar o papel ao mesmo tempo.

                      - Seu sobrenome é Walkers?

                      - Sim. Por quê?

                      - Sua mãe se chama Jennifer Walkers?

                      - Sim.

                      - Eu conheci sua mãe na infância.

                      Olhei para mesa dele e vi sua placa com o nome: Charlie Swan.

                      - Você é o Charlie Swan? Que era um dos melhores amigos dela na infância? Que mandava cartas pra ela?

                      Ele riu de todas as minhas perguntas. – Sim.

                      - Nossa! Estava curiosa para conhecê-lo.

                      - Sua mãe foi uma grande amiga pra mim, mas como ela está? E Roberto?

                      - Eh... – Comecei a gaguejar. - Esta bem melhor. E meu pai...e...faleceu a um ano atrás.

                      - Oh! Desculpe. Meus pêsames.

                      - Tudo bem.

                      - Adoraria vê-la. Jenny veio com você?

                      - Sim. Estamos morando na casa onde ela morava. É linda.

                      - Eu sei. Mas ficou muito tempo sem ser habitada.

                      - Bom, estava com problemas e minha mãe começou a falar desse lugar, então decidir morarmos aqui.

                      - Isto é ótimo. Quero muito matar a saudade. Qualquer dia desses irei visitá-las.

                      Olhei o relógio. Já estava um pouco tarde. Tinha eu ir. Era uma grande caminhada.

                       - Adoraria conversar, mas tenho que ir.

                       - Ah claro.

                       Levantei-me com ele me acompanhando. – Foi um prazer conhecê-lo, Senhor Swan.

                        - Por favor, só Charlie.

                        - Sim.

                        Fui até a porta.

                        - Ah, antes que me esqueça. Está contratada. Se quiser começa amanhã.

                        - Sério?

                        - Sim. – Ele sorriu com algumas rugas aparecendo, deixando um pouco mais velho.

                        Corri em sua direção e o abracei.

                        - Muito Obrigado.

                        Ele correspondeu ao abraço e deu uma pequena risada.

                        - De nada Maria.

                        Sai da delegacia feliz da vida que nem percebi e acabei esbarrado em alguém. Quase caiu no chão, porém uma mão me puxou de volta colando meu corpo com o dele.

                         Olhei para cima e vi o homem mais lindo que já vi na vida. Pele pálida, lábios grossos, usava óculos, roupas sociais, sem falar no seu toque gelado.

                         Ele sorriu para mim. Acabei me perdendo naquele sorriso. Fiquei olhando aquele rosto esculpido por anjos.

                         - Olá. – Disse ele.

                         Sua voz era rouca, sensual. Senti meus pelos se arrepiarem.

                         - Eh... Olá!

                         Sai de seus braços fortes e comecei a me afastar um pouco.

                         - A Senhorita quase caiu. Está bem?

                         - Sim, estou. Obrigado.

                         - É nova em Forks? Nunca a vi por aqui.

                         - Sim. Cheguei hoje.

                         - Prazer, meu nome é Adam Smith.

                         - Maria Walkers.

                         - Belíssimo nome. Tão imaculado. – Ele se aproximou um pouco.

                         - Não tanto. – Dei um risinho.

                         - Estava fazendo o que na delegacia?

                         Olhei para ele confusa. Porque queria saber? Acabei de conhecê-lo.

                         - Oh! Perdão pela minha imprudência. Não queria...

                         - Tudo bem. Só vim me candidatar a um emprego e consegui.

                         - E esplêndido.

                         - Desculpe a pressa, mas tenho que voltar a minha casa.  

                         - Claro. Adorei ter conversado com você.

                         - O mesmo a você. – Dei um sorriso. – Tchau.

                         - Nos esbarramos por ai.

                           - Com certeza.

                          

                           Cheguei em casa exausta. Meus pés estavam pedindo arrego. Sentei no sofá e peguei o controle remoto. Minha mãe veio para meu lado e perguntou como foi. Contei tudo. Ela ficou muito feliz por saber do Chefe Charlie. O engraçado foi quando disse do Adam.

                           - Acabou de chegar e seu dom de encantar os homens já está abalando Forks. – Riu de mim.

                           Eu bufei com seu comentário.

                           Fomos jantar e depois subi para meu quarto. Minha mãe iria ficar vendo TV.

                           Tomei banho e coloquei meu pijama mais quente. Cai na cama e apaguei, porém meus pesadelos começaram.

                            Não eram os pesadelos que ultimamente estava tendo, mas era com uma mulher que desde criança eu sonhava.

                            Ela estava numa sala ampla. Seus olhos escuros em tom de violeta fitavam alguém. Parecia estar com fome, não de comida, mas de outra coisa que não sabia identificar. Estava esplendida com seu vestido marrom. Pele pálida e tão loira que chegava a ser quase branco. Sua pele e seus cabelos brilhavam como diamantes.

                             - Porque está fazendo isso filha?

                             - Porque eu quero Papai. – Disse com sua voz embargada de raiva e sede.

                             - Você não tem consideração por mim? Sou seu pai.

                             - Você nunca foi meu pai. Nunca quis saber de mim, como estava, só porque vai morrer quer que eu tenha consideração por ti? Eu respondo que não Hedi!

                             - Eu te amo.

                             - Mas eu não. – Ela o olhou com raiva pura.

                             De repente seus olhos se voltaram. Parecia olhar para Maria atrás do sonho. Ela sorriu como uma menina travessa, mas seu olhar era mortal. Dava um pavor só de vê-lo. Sentia um medo enorme, tomava conta do meu corpo da minha alma.

                            Ela continuava me olhando, até que duas palavras a fizeram ficar pior do que estava.

                            - Eu voltei! – Disse.

                            Olhou para o pai e o atacou com seus dentes. O esquartejando, seria a palavra ideal.

                            Ouvia os gritos de dor. O sangue espirrando. Até que acordei.”

                            Estava apavorada e com sede ao mesmo tempo. Comecei a chorar. Estava ofegante e quase sem ar. Esse sonho com ela foi mais forte. Todas suas sensações foram como se eu estivesse lá. Desci para beber água, mas não adiantava nada. Acabei ficando na sala e ligando a TV para me distrair. Desliguei e peguei meu livro ‘Águas para Elefantes’. Depois de um tempo voltei a dormi por causa da exaustão e não sonhei com a mulher loira, deslumbrante e monstruosa de novo.

 

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Tópico: Livro da Maria! Capítulo 35 - Forks

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Cap 35

Ow , to esperandoo o cap 36 .

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Capítulo 35

oi amiga adorei o capítulo como sempre!bjokas

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por do sol

up up mais 1 cap
que felicidade
adoro esse livro
hwhwhw
viciada

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