Livro da Maria! Capítulo 34 - Começando do zero.

03/12/2010 23:51

Caros Leitores,

Desculpe a demora estava com provas na faculdade. então ficaria complicado, mas cá estou com mais um capítulo.

Domingo terá mais um!

Comentem aqui ou mandem pelo twitter. O comentário é muito importante para uma escritora.

Boa leitura!!

 

 

Capítulo 34 – Começando do zero.

 

   

    Acordei com uma dor de cabeça por não ter dormindo muito bem. Eram 5 da manhã e ainda estava escuro. Levantei-me muito devagar. Depois fui ao banheiro. Meu rosto estava péssimo, mas meus olhos tinham um brilho deferente. Sabia o que era. Esperança. Esperança de um novo começo. Uma nova vida para mim e minha mãe.

     Hoje seria um dia cheio. Teria que resolver as papeladas da casa, resolver minha demissão no trabalho, comprar as passagens,... Quero ir o mais rápido possível daqui. Deixar meus sofrimentos, minhas dores, tudo para trás.

     Eram 6 da manhã. Iria primeiro passar no trabalho. Dei um beijo na minha mãe, enquanto ainda dormia. E sai trancando a casa para o caso dela fugir para beber ou se drogar.

     O dia passou-se muito rápido, quando percebi já era noite, mas em compensação, tudo estava pronto para viajem. No trabalho foi tranquilo. Meu ex-chefe me desejou sorte nessa nova caminhada. Gostava dele, era uma ótima pessoa. Depois fui para o advogado, Senhor Henrique. Ele sempre foi um colega da família, o conhecia desde criança. Ele me ajudou com os problemas da dividas do meu pai. Expliquei-lhe a situação e me apoio completamente. Resolvemos as papeladas da casa onde morava e também de Forks. As pessoas que cuidavam da casa de Forks estavam avisadas sobre a nossa chegada. O único problema era a venda da casa onde morávamos. Iria demorar até alguém quisesse comprá-la, mas estava com pressa, queria o mais rápido possível sair de lá. Como amigo da família, Henrique comprou a casa pelo valor de R$10.000,00 reais. Para mim estava ótimo. Daria para nos sustentar até arranjar um emprego. Depois, fui ao aeroporto comprar as passagens para Seattle. Agora estava tudo pronto. Em 3 dias estaria viajando para Forks. Começaria tudo do zero. Estava ansiosa para ver a reação da minha mãe quando soubesse para onde iríamos viver.

     Chegando em casa, exausta de tanto andar. Joguei-me no sofá e fiquei por lá alguns minutos.

      - Filha? – Minha mãe falou.

      - Sou eu. Pode vir aqui, por favor?

      Ela desceu as escadas. Seu semblante estava um pouco melhor, porém ainda um pouco abatido.

       - Chegou cedo do trabalho. O que aconteceu? – Perguntou.

       - Tive que resolver umas coisas. E essas coisas são uma surpresa para você, Senhora Jennifer. – Peguei seu braço e a puxei até o sofá, fazendo-a sentar. Deitei no seu colo e sorri para ela como há muito tempo não fazia.

       - Ficou doida menina? Fale logo! Sabe que não gosto quando em escondem algo.

       - Perai, vou pegar uma parte da surpresa. – Sai correndo até minha bolsa e sentei de novo. Peguei as passagens e estendi para ela. – Veja.

       Ela olhou para mim confusa. Pegou e olhou. Seus olhos se arregalaram e voltou a me olhar.

        - Seattle? Mas o que é isso? Vamos viajar? Como conseguiu dinheiro pra isso?

        - Calma mãe. Vou responder suas perguntas. 1º eu paguei as passagens com o meu salário e parte da venda da casa...

        - Você vendeu nossa casa? Ficou louca de vez? A única que poderia ficar louca aqui sou eu e não você...

        - Mãe, eu não acabei de falar. Deixa-me explicar. Depois você pode falar a vontade.

        Ela ficou quieta me olhando com raiva.

        - Sim, vendia a casa, porém foi por uma boa causa. Lembra da nossa conversa de ontem à noite?

        - Lembro. Você queria saber sobre Forks, como era e... – Ela ficou um tempo olhando para meu rosto e sua ficha caiu. Seus olhos se arregalaram de novo. – Nós...Nós vamos para Forks? – Minha mãe mal conseguia falar.

         - Sim. Essa era uma parte da surpresa. E sabe por que vendia essa casa? Iremos morar na casa da sua infância. Onde você foi muito feliz.

         As lágrimas correram pelo rosto da minha mãe e seus soluços começaram a aparecer.

         - Mas porque isso tudo?

         - Porque quero te ver bem. Quero tentar te salvar. Aqui seria pior, todas as recordações, tristezas, dor, isso piora seu estado e não quero isso. Mãe, eu te amo. Eu só tenho você. Se te perder, o que será de mim? Eu fico louca, tento em matar, não sei. E também não quero mais ficar aqui. Não tenho mais amigos, nem amor. Dói muito mãe. Toda noite vejo você chorando abraçada com a foto do papai e eu pedi duas pessoas que mais amei. Esta acabando comigo. Então decidir por nós duas que teríamos uma nova vida. Começar tudo do zero. Eu vou tentar de tudo para salvar você do câncer. E esse pode ser um meio certo para sua recuperação.

         - Oh minha filha!

         Eu e minha mãe nos abraçamos e choramos.

         Não sentia tanta dor, senti esperança, felicidade. Minha vida de uma volta de 360º. Nunca pensei que tanta coisa ruim poderia acontecer com uma pessoa, mas eu sou uma prova disso e posso dizer conseguir ‘pula’ todas as barreiras. Ainda teriam algumas pela frente, mas vou saber como passá-las.

            - Sabe que é a melhor filha do mundo. Obrigado por fazer isso tudo por mim e por você. Não esta sendo fácil, mas você foi forte. E eu vou tentar ser forte por nós também.

            

            Três dias se passaram. Estava tudo arrumado para viajem. Pedimos para a mudança levar alguns móveis, eletrodomésticos, caixas, para a casa de Forks.

             - Está pronta mãe?

             - Mais do que pronta. – Ela sorriu.

             - O Senhor Henrique nos levou até o aeroporto. Ficamos algum tempo esperando ele tirar as bagagens.

             - MARIA!! –Alguém gritou.

             De repente várias vozes me chamavam. Quando virei, vi meus amigos indo até mim. Todos estavam ofegantes, como se tivessem corrido uma maratona.

             - O que estão fazendo aqui? – Perguntei.

             - Queremos que pedir desculpe por tudo que fizemos. Soubemos agora de manhã que você e sua mãe estavam indo embora. Saímos correndo até o aeroporto. Não correndo. Pegamos um carro com os pais... do...Carlos. – Disse Lívia.

             Olhei para trás deles e vi os pais de Carlos em olhando. Eles estavam tristes, mas não me olhavam com raiva ou compaixão. Pareciam serenos comigo.

             - Mas foi um pouco tarde pra isso. – Disse.

             - Nós sabemos que magoamos você. Fomos péssimos amigos, mas você sabe que amamos você. Porém, as coisas aconteceram tão de repente e não sabíamos o que fazer. – Disse Marília.

             - Eu não os culpo por nada. Eu perdôo vocês. Mas eu tenho que ir embora desse lugar. Me faz sofrer muito e minha mãe não está boa de saúde e não quero perdê-la. Então...

             - Não precisa explicar. Nós entendemos. Só queremos desejar tudo de bom pra vocês e que não se esqueçam de nós. Quando quiserem nos visitar sempre estaremos aqui. – Disse Karen.

             - Eu sei. – Sorri. – Mas está na hora.

             Todos os meus amigos me abraçaram e um choro silencioso deu todos nós.

             - Maria. – Virei para ver quem em chamava.

             - Senhora Carla. – Ela era mãe de Carlos. Vê-la me lembrava muito ele e sentia uma dor forte no peito.

             - Minha querida, - Ela me deu um abraço forte. – Vou sentir muita falta sua. Desculpe-me por não estar do seu lado, mas depois da morte do...meu filho – Ela começou a chorar. – fiquei sem rumo, mas estou melhorando aos poucos. Sei que sofre muito e sei quanto amou Carlos. Era o casal perfeito. Seriam muito felizes se tivessem casados, se não tivesse acontecido tudo isso...

             - Não precisa dizer isso. Achei que iria me culpar pela morte dele. Sofri demais por isso, quer dizer ainda sofro, mas tenho que ser forte.

             - Você é especial Maria. Nunca duvide disso. Meu filho te amava demais. Sempre dizia que iria casar com você e ter dúzia de filho. Você era mulher da vida dele. – Ela deu um sorrisinho.

             - Carlos vai ser o único na minha vida. Sempre vou levá-lo comigo. Sei que ele esta comigo em protegendo. – Comecei a chorar. – Eu o amo demais. Sempre vou amá-lo.

             O Senhor Armando me abraçou mais não disse nada. Vi em seus olhos a dor, mas o amor que ele sempre sentiu por mim. Ele em chamava de filha. E eu sempre seria grata a ele.

              Despedi-me de todos com o peso no peito. Estava deixando tudo para trás. Minha mãe pegou na minha mão e olhou para mim com um sorriso.

              Então é isso Maria. Nova vida, Novos amigos, Novas pessoas, Novo Lugar...

              Será que irei conseguir?

              Depois de tanto me questionar, nem tinha percebido que estava no avião decolando.

              Vi pela janela a cidade dos meus sonhos. Eu amava aquele lugar. O Rio era mágico. Sempre me encantei com ele. Adorava o calor, as pessoas, as músicas... Senti-me triste por deixa tudo isso, mas estava fazendo isso pela minha mãe e por mim. As vezes que pensava se um dia iria voltar aqui. E claro que quero. Quando tiver casado com filhos quero morar no Rio. Estar nesse lugar mágico.

               Depois de um tempo acabei cochilando e as imagens da minha infância, da adolescência, e desses últimos tempos povoaram meus sonhos. Era bom no início, mas veio a morte do meu pai e de Carlos e estava desesperada. A culpa me atormentava, a depressão caia em mim. Será que nunca vou melhor desses episódios? Um dia terei um sono sem pesadelos? Essa tristeza toda acabará? Não tinha resposta para essas perguntas. Só o tempo irá me responder.

                Depois de quase um dia no avião. Chegamos ao nosso destino. Minha mãe me acordou com um sorriso nos lábios.

                - Chegamos filha.

                Acordei aos poucos. Sem ter conseguido dormi por causa dos pesadelos. Olhei para o aeroporto. Era grande. Seattle era uma metrópole, muito parecida com São Paulo. Tinha muitos prédios, muitas pessoas correndo de um lado para outro.

                - Vamos pegar um táxi até Forks? – perguntou minha mãe.

                - E único jeito. Levar toda essa bagagem no ônibus não dá.

                - Vai gastar uma grana filha.

                - Não tem problema. Não estou gastando o dinheiro da casa e do meu salário.

                Pegamos o táxi e ainda tínhamos algumas horas até Forks. Estava tão cansada que acabei dormindo um pouco no banco. Ainda vinham algumas imagens do meu pai e de Carlos. Meu pesadelo terminou com Carlos se matando. Acordei ofegante olhando para todos os lados. Até encontrar o olhar da minha mãe. Ela viu meu semblante de pavor. Acariciou minha face e sussurrou um ”tudo bem”. Olhei para fora da janela e comecei a ver tudo verde. Muitas árvores. Um clima frio. Peguei meu casaco e o coloquei. Vi o céu. Muito nublado. Era deprimente. Senti uma falta do sol.

                 Minha mãe tocou minha mão. Voltei meu olhar para ela e sorriu. Esgueirou-se até mim e apontou para janela. Virei e vi a placa: “Welcome to Forks”.

                 Agora não da mais para voltar.

                 Ver minha mãe feliz. Era revigorante para mim e sentia que coisas boas iriam parecer. Tomará!

 

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por do sol

aaaaaaaaiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii amei
demorou um pouco mas ta lindo sou super viciada em livros
que sejan de crepusculo ta otmo leio ate morrer
amei parabens amei amei amei

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Capítulo 34

oi amiga estou adorando como semrpe e que bom que me redimi perante a Maria rsrs.Bjokas

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