Livro da Maria! Capítulo 33 - Um novo começo?

24/11/2010 19:47

Caros leitores de Pôr do Sol.

Mais um Capítulo Inédito. Como sempre pedimos seus comentários sobre o Capítulo.

Boa leitura!!

 

 

Capítulo 33 – Um novo começo?

                       

                        Senti uma luz forte no meu rosto. Sentia-me um pouco tonta e nauseada. Flashes vinham em minha cabeça, mas não lembra exatamente o que tinha acontecido.

                         Aos poucos fui abrindo meus olhos. Estava tão confusa. Queria saber o que tinha acontecido.

                         - Filha? – Minha mãe me chamou.

                         - Mãe? – Olhei para sua direção. – O que aconteceu?

                         Seu semblante ficou triste quando perguntei, porém comecei a lembrar de tudo o que tinha acontecido. Meu desespero foi tão grande, que senti uma dor tão grande no peito, como se estivessem pisando nele.

                          Já não bastava perde meu pai, agora perder o amor da minha vida? O que seria de mim sem ele?

                          Queria gritar, chorar até me acabar, mas isso não ajudaria a trazer meu pai e Carlos. Eu só podia chorar e fechar-me com minha própria dor.

                          - Maria, tudo vai ficar bem. Carlos estava doente da cabeça...

                           - Foi minha culpa, mãe. Ele viu o Igor me beijando e ficou louco, cego de ciúmes. E o que eu fiz? Nada. Eu sou um nada.

                           - Não diga isso. Você é uma pessoa maravilhosa. Você é jovem, tem a vida pela frente. Essa dor toda vai passar.

                           - Quando? Isso nunca vai passar. Mãe, você se acaba nas bebidas e nas drogas. E você quer me dar o exemplo de que essa dor vai passar?

                          - Eu sei que não sou o melhor exemplo, mas você é forte.

                           - Não sou. Matei três pessoas que amei. – Comecei a chorar. – Eu não sei se aquento perder mais alguém.

                           - Você não vai perder mais. Eu estou aqui. Vou estar sempre. Seu pai, Carlos, eles estão com você. Eu sinto isso.

                           - Não diga besteiras.

                           Ficamos alguns minutos caladas.

                           Estava no hospital. Tive uma forte queda de pressão, mas como estava melhor iria sair de manhã.

                           Minha mãe comentou que Igor estava no hospital. Que por sorte foi atingindo no braço esquerdo. Estava fora de perigo. Decidi visitá-lo à noite.

                            - Igor? – Chamei, abrindo a porta do seu quarto.

                            - Maria?

                            Sua voz estava meio fraca, mas nítida.

                            Abri a porta, olhando-o. Estava no soro, com sua feição meio pálida. Parecia cansado. Devia ter perdido muito sangue. 

                            - Como está? – Perguntei.

                            - Olhe você. Como acha que estou? – Disse meio frio.

                            - Não muito legal. – Olhei pra ele. Parecia furioso, mas seus olhos transmitiam medo. – Me desculpe....Eu nem sei o que dizer.

                            - Você não precisa dizer nada. Já estou me sentindo culpado pela morte do Carlos, você já sofre muito, não precisa piorar as coisas.

                            - Não foi culpa sua. Ele...estava fora de si.

                            - Sim eu sei, mas nos beijamos e ele viu. Então, não se culpe pela morte do Carlos.

                            - Não vai adiantar você falar para eu não me culpar. Eu retribui o beijo...

                            - Maria, você que sabe. Eu estou tentando te ajudar, mas você quer se culpar por tudo...Eu queria te pedir uma coisa.

                            - Claro.

                            - Nunca mais me procure. Eu não quero mais te ver. Desculpe se estou sendo grosseiro com você, mas estou com medo. E não quero ficar louco como o Carlos ficou.

                            Fiquei chocada com as palavras do Igor. Não pensei duas vezes. Fui em direção a porta.

                            - Pode ficar tranquilo. Nunca mais irá saber sobre mim.

                            E sai do quarto.

 

 

                             Os meses foram se passando. Fazia dois meses que estava trabalhando no Telework’s. Graças a Deus, não tinha perdido meu emprego.

                             Meus colegas de escola se afastaram de mim depois da morte do Carlos. Estavam pouco se importando comigo. Igor foi um deles. Depois da nossa conversa no hospital, me afaste definitivamente dele e de todos. O que importava agora era minha mãe.

                           Não ganhava muito bem no meu emprego, mas dava para pagar as contas. Acorda às 5 da manhã e chegava em casa às 22:00 da noite. Estava me acabando. Eu me assustava quando me via no espelho. Estava sem vida, sem ânimo. E para piorar a minha situação... Minha mãe continuava bebendo e se drogando. Sempre quando chegava em casa, ela ficava no quarto tentando esconder a garrafa e tacava perfume no quarto para tirar o cheiro do cigarro. Eu sabia que ela roubava dinheiro da caixinha para comprar drogas e bebidas. Eu sempre tinha que mudar o local do dinheiro, mas ela sempre descobria.

                          Numa terça-feira, estava no trabalho. Hoje os empregados iriam ser liberados mais cedo. Era raro isso acontecer. Estava doida para chegar em casa e dormi. Fazia tempo que não dormi direito por causa da minha mãe.

                          Sai indo direto para casa. Estava bastante silencioso. Comecei a chamar pela minha mãe, mas não obtive resposta. Subi as escadas. Procurei no meu quarto, no banheiro do corredor, nada. Fui até o seu quarto. A cama estava toda bagunçada. Sinal que ela está em casa. Vi a porta do banheiro aberta.

                           - Mãe?

                           Abri mais a porta do banheiro e me deparei com ela no chão. Sua boca com sangue e o vaso também todo sujo de sangue.

                           - Mãe, Mãe. Fala comigo!

                           Senti que ela ainda respirava. Pequei o telefone e liguei desesperada para a ambulância. Fiquei ao lado dela, chorando muito. Eu não podia perdê-la. Eu sou tenho ela.

                            Dois minutos depois, os paramédicos chegaram. Colocaram-na maca e levaram até a ambulância. Eu fui junto. Tentava me controlar e não perde a cabeça. Minha mãe vai ficar bem, Minha mãe vai ficar bem... Repetia isso.

                             Entraram com ela correndo. Fui atrás deles, até que uma enfermeira me impediu de passar. Tive que em acalmar para não brigar com aquela mulher.

                              Duas horas se passaram. Até que um médico, chamado Marcelo me chamou.

                               - Como está minha mãe? – Disse desesperada. – Ela não vai morrer?

                               - Calma Senhorita Maria. Sua mãe está bem. Agora ela está repousando. Ela teve uma overdose no estado mais grave. Felizmente, ela está bem.

                               Senti-me mais aliviada, mas ela poderia ter morrido se eu demorasse mais.

                               - Senhorita, será que pode ir até minha sala. Quero conversa com você.

                               Fomos até sua sala. Ele pediu que eu sentasse. Foi até sua cadeira e sentou-se na minha frente.

                               - Bom, Senhorita Maria...

                               - Só Maria, por favor.

                               - Maria. Eu te chamei, porque eu examinei sua mãe e descobri que ela está com Câncer.

                               Eu não acreditava no que ele estava falando. Mais uma tragédia na minha vida. Como poderia lidar com isso agora?

                                - O câncer está indo em todos os órgãos do corpo. Não sai quanto tempo ela vai sobreviver. Uns dois meses...- Ele me olhou mais a fundo. – Sinto muito de dar essa notícia.

                                - Não...Não...Tem como salvá-la?Não é possível. Eu não posso perdê-la Doutor. Só tenho ela e ela a mim. – Começava a chorar.

                                - O único tratamento é fazer quimioterapia e exercícios, mas é muito caro os tratamentos específicos para a doença que sua mãe tem. Eu queria ajudar, mas...  

                                - Tudo bem Doutor. Eu vou dar o meu jeito.

                                - Posso te dar um conselho? – Eu assenti a cabeça. – Leve-a a um lugar que ela foi muito feliz. Algo da infância dela. Já vi casos serem curados. Isso irá estimular.

                                - Obrigado. Irei fazer isso.

                                - Não desista menina.

                                Dei um meio sorriso sem ânimo nenhum e fui ver a minha mãe no quarto. Ela parecia tão serena, calma.

                                Cheguei mais perto dela. Comecei a chorar silenciosamente para não acordá-la. Passei a mão em seu rosto.

                                 - O que vou fazer sem você Mãe? Estou perdida. Porque isso está acontecendo comigo?

                                 Ela se mexeu um pouco e abraçou minha mão. Suspirou e beijou-a.

                                 - Maria, Te amo filha. – Ela disse dormindo.

                                 Chorei mais ainda. Tinha que ter uma solução. Tenho que salvar minha mãe. Vou pedir um aumento ou arranjar outro emprego, mas foi tão difícil conseguir um emprego. Só seu eu virar prostituta. Eu pensei. Tava ficando louca. Eu não tenho pratica pra isso. Além do mais, sou virgem. E só iria perder com Carlos, mas... Não. Tem que ter uma solução.

                                 - Sinto tanta sua falta Roberto. – Disse minha mãe e lágrimas saíram de seus olhos.

                                 Fiquei com ela no hospital. Amanhã à tarde, ela iria ser liberada.

                                 No dia seguinte, arrumei as coisas da minha mãe e pegamos o táxi. Chegando em casa, levei-a até o quarto. Ela deitou e ficou descansando. Pequei alguns matérias de limpeza para limpar o banheiro que ainda estava sujo de sangue. Quando acabei, foi ficar junto com minha mãe. Tinha ligado mais cedo para o trabalho e explicado que não podia ir hoje. Meu chefe entendeu.

                                  Eu não sabia se contaria sobre o câncer, mas não podia deixar ela continuar se matando. Poderia piorar sua doença.

                                   - Mãe, preciso te contar uma coisa pra você.

                                   - Fala.

                                   - Mãe, você...você...está com câncer. – Comecei a chorar.

                                   - Eu sabia filha.

                                   - C-Como? Porque não me contou?

                                   - Não queria te deixar preocupada. Já temos problemas demais. Agora mais isso...

                                   - Você está errada. Eu tenho que te salvar. O tratamento é caro, mas vou tentar arranjar algum dinheiro...

                                   - Filha, não precisa. Não quero você se acabando mais do que já está.

                                  - Eu só vou ficar bem quando você tiver do meu lado. Entenda mãe. Eu só tenho você, não posso perdê-la, se não vou enlouquecer.

                                  - Não fale isso. Já disse que você é mais forte que isso. Maria, - Ela passou a mãe no meu rosto, onde as lágrimas caiam. – Você é especial. Um dia você saberá. Mas não fale besteira que você nem sabe.

                                  - Eu não entendo. Mas isso não importa. O que importa agora é a sua saúde.

                                  - Filha...

                                  - Não mãe. Vou te salvar. Custe o que custar. Não vou te perder.

                                  Ela me deu um beijo na testa e nos abraçamos chorando.

                                  - Você é a melhor filha que alguém pode ter. Te amo demais.

                                  - Eu também.

                                  - Sinto tanta falta do seu pai que dói tanto no peito.

                                  - Eu também. Eu também.

                                  Ela desfez o abraço e limpou minhas lágrimas e eu as delas.

                                  - Vou deitar.

                                  - Faça isso. Vou arrumar algumas coisas em casa.

                                  Sai do quarto da minha mãe e tentei em acalmar pra não chorar de novo. Tinha que ser forte. Andando pelo corredor do segundo andar, parei numa porta que há muito tempo não entrava, desde a morte do meu pai. Eu chamava de ‘Quarto das Lembranças’. Ele tinha todos os momentos da nossa família. Acabei entrando. Tinha um cheiro esquisito, mas nada que pudesse dar nojo. Tinha as coisas do meu pai. Fotos da nossa família, quadros...

                                    Andei até uma caixa roxa. Tirei um álbum verde. Quando abri me deparei com as fotos de quando tinha 8 anos. Estava no Parque com meus pais. Éramos tão felizes. Me sentei e comecei a ver as fotos. Eu montada no meu pai, tomando sorvete com minha mãe. Eu na praia com meus pais...

                                     E estranho dizer mais não me lembro de nenhuma briga que minha família teve, até aquele dia da morte do meu pai. As pessoas nos chamavam de ‘Família Modelo’. Éramos bonitos, jovens e nunca tínhamos uma discussão. Muitos tinham inveja, mas minha família não se importava.

                                     Comecei a ver fotos mais recentes. Dos meus 15 anos. De Carlos. Ele me dando o anel. Nossos beijos, nossas juras de amor eterno. Eu o amava demais. Ele sempre será o único para mim.

                                      Quando acabei de ver as fotos e ter chorado até não sobrar mais nenhuma lágrima, levantei-me e fui para porta, quando me deparei com uma caixa meio velha. Nunca tinha visto aquela caixa. Pequei-a e me sentei na cadeira. Tinha bastantes fotos e papeis. Puxei uma das primeiras fotos. Tinha uma menina de cabelos pretos, meio ondulados, pele branca, olhos castanhos claros. Devia ter uns 8 ou 9 anos. Junto com ela, estavam um homem loiro de olhos verdes, pele branca e alto e uma mulher de pele branca, cabelos pretos e olhos castanhos. Não consegui reconhecer as pessoas. Virei à foto e atrás estava escrito:

“Kelly Walkers, Roger Walkers e Jennifer Walkers

Forks, WA

EUA”

                                        Era a foto dos meus avôs e da minha mãe quando criança. Nunca tinha visto uma foto deles. Minha mãe não falava muito deles, só dizia que sentia muita falta deles e os amava muito.

                                         Comecei a ver mais fotos deles. Tinham muitas fotos deles na casa onde moravam. Ela era bem moderna para a época. Minha mãe era muito feliz. Muitas fotos pelas regiões do tal lugar chamado Forks. Parquinho, Neve, floresta. Fotos dela com seus coleguinhas. Tinha várias dela com garotinho chamado Charlie Swan. Ela era feliz em Forks. Porém, sabia que meus avôs saíram de lá, por causa da crise e tiveram que vir ao Brasil.

                                           Li algumas cartas dos colegas e amigos de Forks que mandavam para minha mãe e meus avôs. Dizendo que estavam com saudades, esperavam que voltassem...Tinha muitas cartas para a minha mãe o tal de Charlie, ele devia gostar dela. Será que na época ele foi namoradinho dela? Minha mãe nunca comentou sobre isso.

                                           Pequei um pedaço de papel. Parecia um diário. Estava assinado pela minha mãe.

                                        “Charlie, também sinto sua falta e todos em Forks. Espero voltar nas férias para nós brigarmos de Policia e Ladrão. O Brasil é lindo. Estou morando no Rio de Janeiro. Aqui não tem neve e é bem calorento. Tem sol o dia inteiro e a noite e cheio de estrelas. As pessoas são maravilhosas. Tem muita música... Estou adorando aqui, mas não é a mesma coisa que Forks. Eu sou apaixonada por esse lugar. Espero que quando em casar e tiver filhos, eu vou morar em Forks. Perto dos meus amigos. Mande um beijo para todos.

                                                             Jenny”

                                           Pequei algumas fotos que pareciam mais recentes. Uma era minha mãe e meu pai em frente à casa onde ela mora.

                                            “Jenny Walkers e Roberto Silva

                                               Lua de Mel.   Forks/ WA”

                                            Minha mãe tinha passado a lua de mel em Forks. Várias fotos dela com meu pai. Tinha duas fotos que estavam meus pais com um cara com bigode. Vi atrás e estava escrito que era Charlie e tinha outra deles três com uma mulher loira e bonita.

                                              “Jenny Walkers, Roberto Silva e Charlie e Renée Swan

                                               Lua de Mel.   Forks/ WA”

                                             Em todas as fotos minha mãe sempre estava feliz. Ela demonstrava o quanto gostava daquele lugar. Senti uma necessidade de saber mais. Deixei a caixa no lugar e voltei para o quarto. Reparei que já era quase 6 horas da tarde. Deitei com minha mãe e acariciei seu rosto. Ela começou acorda aos poucos.

                                             - Oi filha.

                                             - Oi Mãe. Quer jantar?

                                             - Sim.

                                             Fui pegar o nosso jantar e levei até o quarto. Ficamos comendo em silêncio. Depois que terminamos, ela me olhou.

                                             - Quer me pergunta alguma coisa?

                                             - Me conte sobre Forks.

                                             - Forks? É o meu lugar dos sonhos. Eu nasci lá. Sinto muita falta. Queria voltar, mas...com todo esse problema...Queria que conhecesse. Não iria gostar, porque é muito frio e chove quase todos os dias lá e você gosta do sol, do calor. Porém, passar um final de semana, seria muito bom. Relembrar meu passado, meus amigos. Acho que nem moram mais por lá. Eu e seu pai passamos a lua de mel por lá. Foram momentos inesquecíveis. Sabe a casa eu morei, meus pais deixaram de herança para nossa família. Sempre que quisermos ir para lá, estará pronta para nos receber. Eu amo aquela casa. E tão confortável e familiar.

                                              - Você fala com tanto paixão por aquele lugar.

                                              - Eu fui muito feliz lá filha. Eu queria voltar. Ficar pra sempre em Forks.

                                              - Te prometo que um dia iremos para lá.

                                              Ela sorriu e deitou. Parecia exausta, tinha perdido muito sangue.

                                               Minutos depois, ela já dormia profundamente. Lavei a louça e arrumei minhas coisas para o trabalho no dia seguinte. E fui me deitar.

                                                Fiquei relembrando o que minha mãe falava sobre Forks. Do quanto ela foi feliz nesse lugar, até que a voz do Doutor Marcelo me veio à cabeça.

Posso te dar um conselho? Leve-a a um lugar que ela foi muito feliz. Algo da infância dela. Já vi casos serem curados. Isso irá estimular.”

                                                Aquilo ficou rondando minha cabeça. Não conseguia dormi. Vinha imagens da minha mãe andando pela neve em Forks comigo, nós duas rindo, como se tudo que aconteceu conosco foi só um pesadelo.

                                                Depois de horas pensando, eu tinha me decidido. Faria tudo pela minha mãe. Salvaria a vida e a minha. Teríamos uma nova vida, um novo começo.

                                                 Estava decidida. Iria para Forks com minha mãe.

 

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por do sol

mas um \0/ obg
vivaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

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De
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por do sol

muito show cada capitulo amei de paixao estao deparabens
espero por mas capitulos
nao vejo a hora de ler tudo adore de verdade
parabens mas uma vez nao tenho palavras para espresar a felicidade que estou sentindo
obg obg obg obg obg obg obg obg obg obg

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