Capítulo 8 (Parte1) de Pôr do Sol - Renascer

26/07/2010 21:50

Capítulo 8 – Renascer

 

 Chegando a sala, Carlisle e Esme sentaram no sofá, enquanto todos ficaram em pé. Todos nós ficamos pensando o que faríamos com o corpo. Edward foi até o meio da sala.

 - Seria ideal entregarmos o corpo para Charlie. O que acham?

 Todos nos olhamos e concordamos. Seria bom mesmo para todos, assim ela ficaria junto com a mãe, mas Charlie ficaria mal, sabendo que ela estaria morta. Pelo que eu soube meu pai cuidava dela como filha, enquanto ela cuidava da mãe. Charlie nunca foi disso, mas por falta minha e ela ser parecida comigo...

 Enquanto pensávamos em como explicaria a Charlie sobre como encontramos o corpo, algum inacreditável aconteceu. Quando todos estavam falando, um batimento frenético de um coração parou nosso raciocínio.

 - De quem é este batimento? – Perguntou Emmett.

 - Não sei, não o reconheço. – Disse Alice pensativa.

 - E de Renesmee? – Perguntou Rosalie olhando para mim.

 - Acho que não, mas vou verificar. – Disse, andando até as escadas e subindo num pulo.

 Abri a porta. Renesmee estava dormindo profundamente, estava do jeito que tinha deixado. Fechei a porta e o batimento ainda continuava. Fui para a escada.

   - Não é. Ela continua dormindo. – Ficou silencioso, só o batimento era que o quebrava. – O batimento está vindo... – Nossos rostos ficaram mais brancos do que já eram e nossos olhos foram para direção de onde vinha o batimento. 

   - Do quarto branco. – Edward completou minha frase.

   Enquanto todos estavam subindo rápido, eu já estava na porta e abrindo. Claro, o batimento vinha dali, mas isso é impossível, ela está morta, só se... - Meu Deus!

 Fiquei parada perto da porta olhando o corpo imóvel. Carlisle foi o primeiro a chegar. Examinou o corpo, nenhuma reação.

   - Eu não entendo. Como pode ser possível? – Disse Carlisle olhando o corpo todo ensanguentado.

   Ficaram todos em silêncio. Como era possível ninguém perceber o que tinha acontecido com ela. Quando eu ia falar, Jasper me interrompeu.

   - Eu não acredito. – Disse com os olhos arregalados olhando também para o corpo.

 Edward virou para Jasper e voltou a olhar Maria.

   - Mas é claro. E a única explicação.

 Carlisle se virou para eles dois, com o rosto confuso.

 - Do que vocês estão falando?

 - Carlisle, você não percebeu? – Disse Jasper, e Carlisle ficou ainda sem entender. – O que faria o coração bater tão freneticamente e olha... – Ele apontou para o rosto dela. – Está ficando um pouquinho pálida.

   Carlisle parou e olhou de novo o corpo. Ele sabia que era verdade.

   - Meu Deus! Mas... Por quê?

   - E melhor darmos um banho nela e ver o que acontece. – Disse Edward.

   - Como ela ainda não reagiu ao veneno? – Disse Rosalie.

   - Eu... Não... Sei. Isso pra mim está sendo uma grande novidade. Nunca tinha visto isso. – Carlisle estava absurdo na sua confusão. Pela primeira vez na sua existência ele não sabia o que estava acontecendo.

   - E melhor mesmo darem um banho nela. – Jasper disse e continuou. – Alice, Esme, Bella e Rosalie dêem um banho nela, seria bom descobrirmos a onde ela foi mordida.

   Todas nós concordamos. Eu e Rosalie a levamos, Alice foi indo primeiro até o banheiro e Esme foi arranjar toalhas, perfume algumas coisas para tirar o cheiro de sangue e vesti-la.

 Eu e Rosalie a colocamos na banheira, a água já estava boa. Eu lavaria da cintura para baixo Rosalie da cintura até o pescoço e Alice lavaria o rosto e o cabelo.

 Enquanto estávamos lavando olhei seu rosto de relance. Ela parecia está dormindo, tranquila. Tinha um rosto bonito, mas era ainda de uma humana.

   Alice estava lavando o cabelo, quando ela deixou o shampoo de lado e ficou cutucando atrás do couro cabeludo dela.

   - Achei alguma coisa! – Todas nós fomos para o seu lado. Quando ela tirou o cabelo do caminho para ver o que era. Tinha uma marca de lua crescente, ainda bem visível. Todas nós nos olhamos. Tínhamos a prova do que ela tinha se transformado. Esme chegou com a toalha e outros assessórios. Nós a chamamos para ver. Ela viu e ficou espantada, era bem feroz a marca, parecia que queria tirar uma parte dela.

   - Pelo menos encontramos o que queríamos. – Disse Rosalie. 

   - Vamos nos apresar no banho. Para mostrar a eles. Eles estão... –Esme nem conseguiu terminar a frase. Eu fiquei perto de sua cabeça, quando os olhos de Maria se abriram arregalados ao mesmo tempo assustados e fixaram no meu olhar. Ela começou a ficar ofegante. Seu batimento acelerou mais ainda e de repente um grito estridente saiu de seus lábios. Era horrível o grito, machucava. Não conseguimos colocar a roupa, ela se batia muito. O veneno estava queimando-a. Eu conhecia isso muito bem. Só deu tempo de enrolar Maria na toalha e a levarmos até o quarto branco.

 Seus gritos continuavam quando entramos no quarto. Colocamos na maca. Eu e Rosalie não a soltamos, mas seu tronco está se contorcendo. Emmett pegou as pernas dela no meu lugar, Edward segurou os braços, Jasper segurou o tronco e Rosalie pegou a cabeça. Vendo aquela dor e agonia dela, tive um flashback quando me transformava, mas se não fosse à morfina... Claro! A morfina poderia ajudar. Fui em direção de Carlisle.

   - Carlisle, eu estava pensando, será que a morfina funcionaria contra a dor? – Fiquei gritando pra ele, por causa dos gritos. Era difícil de conversar.

   - Não sei Bella. Sempre colocamos a morfina antes da transformação. Mas,... – Ele olhou pra ela, se contorcendo e gritando. – Eu não sei.

   - Pelo menos vamos tentar. – Carlisle voltou seu olhar para mim, sorrindo.

 - Sim Bella, claro vamos tentar. –Ele foi até o armário pegar a morfina. Colocou na seringa, foi até ela, olhou para todos que estavam ao seu redor e por último olhou para mim e assentiu. Edward olhou para ele.

 - No coração. – Foi assim que funcionou comigo.

 Carlisle levantou a seringa e enfiou no seu peito e aplicou direto no coração.

   Durante uma hora os gritos ainda continuavam e também se batia, mas depois começou a diminuir. Suas pernas, troncos, braços e cabeça relaxaram e os gritos diminuíram até só um suave assovio passar pelos lábios e seus olhos se fecharem. Ela parecia dormir, mas seus batimentos ainda eram frenéticos. A morfina tinha funcionado.

   Carlisle olhou para mim, orgulhoso e deu um grande sorriso que não via há muito tempo. 

   O que podíamos fazer era esperar até ela acordar. Será que ela tinha noção do tinha se transformado?

Duvido muito. Aquela feição que fez quando abriu os olhos era de terror. Claro que podia ser da dor que sentia, mas eu vi em seus olhos, não era só a dor que a amedrontava, mas sim o que estava acontecendo com ela.

 Agora que não podíamos fazer mais nada, descemos para sala e ficamos falando como aquilo tudo foi inexplicável. Expliquei como tinha achado-a.

 E ali ficamos sentados, pensado, em como iríamos resolver tudo. E ainda tinha mais um problema. Charlie. O corpo de Maria nunca seria encontrado. Edward disse que era melhor conversamos com alcatéia do Jacob e do Sam. Mostrar e vermos o que faria. Todos concordaram. Será difícil explicar para a alcatéia toda essa confusão.

 

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