Capítulo 8 (Parte 2) de Pôr do Sol- Renascer

28/07/2010 20:42

 

  Dois dias se passaram. Entre esses dois dias, nossas vidas ficaram como era antes, mas só que todos ficavam na casa de Carlisle, não saiamos muito, era raro, nem nos alimentamos. Isso tudo, porque tínhamos que ficar perto se a Maria acordasse. O problema era que Alice não conseguia ter alguma visão dela, e isso a irritava, mas ela começava a se acostumar. Carlisle ia sempre ver a Maria, para certificar que sua transformação está indo bem. Não só ele, mas todos da casa.

  No segundo dia, eu fui vê-la. Não consegui ver ela direito, então aproveite a oportunidade. Ela estava ficando linda. Sua pele morena como madeira, seus cabelos de anjos, bem encaracolados e pretos até o ombro. Nem parecia tanto que estava ficando pálida. Seu rosto parecia meigo, juvenil, mas com um toque de mulher. Não era tão magra e nem gorda, estava na medida. Era muito bonita. Tinha que concorda. Ela tinha uma beleza misteriosa.  

   Ainda não falamos com a alcatéia, decidimos deixa primeiro ela acordar, e explicar tudo a ela, resolver algumas coisas e depois falaremos com eles. Não seria tão difícil esconder, porque Jacob e os outros estão ainda procurando e fazendo ronda também. Estavam bem cansados e não conseguiam vir até aqui. Se viesse, ele acabaria dormindo quando chegasse. Ele liga todos os dias para casa, pra falar com Renesmee. Ela sentia falta dele, mas tivemos que explicar tudo a ela.

  Chegou o terceiro dia, hoje ela iria acordar. Todos estavam ansiosos e querendo explicações. Liguei para Jacob, perguntando se ele poderia ficar com a Renesmee hoje, ele disse que poderia, já que a procura da Maria tinha acabado. Acharam que o assassino poderia ter enterrado o corpo ou jogado no rio.

  Fui para a casa de Charlie, bem cedo, Jacob pegaria ela. Falei com ela para ainda não contar a ele o que esta acontecendo em casa. Ela concordou.

  Chegando a casa, todos estavam na sala. Carlisle era o único que estava no quarto branco. Alice estava tentando mais uma vez ter uma visão dela, mas sem sucesso.

  Ficamos na sala a espera que Carlisle nos chamasse quando ela acorda-se. Foi um pouco entediante, ficamos esperando durante uma hora, até que ouvimos Carlisle nos chamar.

  Subimos as escadas, entramos e paramos perto da porta.

  Ela começou a se mexer muito, fazendo algumas caretas e depois ela abriu os olhos bem devagar. Fechou de novo e abriu mais uma vez. Ficou olhando o teto por algum tempo. Carlisle se aproximou um pouco, mas mantendo uma distância favorável.

  - Maria? – perguntou Carlisle.

  Ela não olhou pra ele, continuou fitando o teto.

  - Você está bem?

  Ela virou o rosto pra direção da voz. Olhou com desconfiança.

   - Quem é você? – Disse Maria. Sua voz era fina e ao mesmo tempo grave, angelical, parecia que um anjo estivesse falando.

   - Eu sou... – Carlisle chegou perto e a tocou no ombro e ela bateu em seu braço.

  - Tire suas mãos em cima de mim. – Carlisle segurou o braço e colocou-o de volta, respirou fundo, olhou para nós e disse que estava tudo bem. - Onde estou? – Ficou olhando para o quarto inteiro, sentou-se, até que baixou a cabeça colocou as mãos na boca e olhou Carlisle espantada. – Eu não acredito! Eu morri e estou no céu e você deve ser Deus. Desculpe-me por ter te batido, foi sem pensar... – Ela continuou falando, pedindo desculpas. Emmett começou a rir.

  - Essa garota parece legal. –Disse Emmett.

  - Você não está morta. E não está no céu e muito menos sou Deus. – Disse Carlisle.

  - Então onde estou?

  - Você está em minha casa. Está é minha família. –Apontando para nós.

  Ela nos olhou, depois sua feição ficou confusa. Ficou se mexendo para trás, dando distância.

  - Não precisa ficar com medo. Não vamos te machucar. – Jasper ficou no lado de Carlisle. Olhando fixamente para ela.

  - Quem me garante isso? Eu não os conheço. Nem sei quem são vocês. –Maria ficava mais confusa e assustada. Eu queria ir acalmá-la, mas algo em mim me pediu para esperar.

  - Eu estava tentando dizer isso. Meu nome é Carlisle. Não sei se lembra de mim. Fui o outro médico que cuidou da sua mãe. Lembra?

   Ela olhou bem para Carlisle. Começou a chegar mais perto.

   - Acho que sim. E o Doutor Cullen?

   - Sim. – Seu sorriso se expandiu. – Ótimo.

  - Mas o que estou fazendo na sua casa? Porque sua família me olha de um jeito assustador?

  - Não estamos te olhando de um jeito assustador, - Rosalie a olhou com doçura para não se assustar conosco. – só estamos te protegendo.

  - Me protegendo? Do que? – Maria olhou para Carlisle.

  - Alguém que te atacou. Lembra de alguma coisa antes de acorda agora? – Jasper chegou mais perto de Maria. Alice não gostando que Jasper estivesse se ariscando tanto.

  - Vagamente. E como se estivessem passando uma borracha em minha memória.

  - Isso é normal, mas nos conte. – Carlisle estava acompanhando Jasper.

   - Me lembro de estar indo embora da delegacia enrolada numa toalha. E de alguém estar me esperando no lado de fora. Ele me levou até o carro dele. Acho que o carro era uma Ferrari ou Mercedes, não sei. Eu estava chorando muito, me culpando por algo e ele me abraçou e me falou coisas bonitas para me aclamar. –Maria falava com os olhos fechados, apertando as pupilas, se esforçando para lembrar. - Chegamos a minha casa. Ele me acompanhou. Acho que foi preparar café, chá, não sei bem, só lembro-me de preparar algo pra beber. Depois vi que ele estava atrás de mim. Eu sorrir para ele e ele devolveu o sorriso. Ele começou a beijar o meu pescoço...

  - Agora a história está ficando pesada. – Disse Emmett.

  - Cala boca, Emmett. – Disse Rosalie.

  Ela continuou:

  - Ficou me beijando até perto do meu couro cabeludo, até que senti uma pontada forte aqui. – Ela colocou a mão onde tinha a dentada e ficou cutucando. Ela sentiu uma pequena fisgada a onde foi mordida. – O que foi isso? Eu estou com uns furos aqui. Quem fez isso? – Ela ficou olhando Carlisle.

   - Você se lembra quem foi esse cara? – Jasper tentou desviar a conversa.

   - Tente se lembrar. – Carlisle disse.

  Ela repetiu o mesmo gesto que antes para lembrar, só que ficou com a cabeça indo para cima e para baixo.

   - Hum... O nome dele... – Parecia que estava tento pequenos choques elétricos. Como se aquilo fosse doloroso se lembrar. – Adam. –Ela abriu os olhos, olhou para Carlisle e Jasper. – O nome dele é Adam.

  Jasper virou para Carlisle confuso.

  - Não conheço nenhum Adam e você?

  - Também não. – Carlisle virou para o resto da família. Todos nós nos olhamos e balançamos a cabeça, dizendo que não conhecíamos nenhum Adam.

   - Deve ser um recém-criado. – Disse Jasper.

  - Se fosse um recém-criado, que interesse ele teria nela e porque ele colocaria na porta de nossa casa? E a deixaria viva? Esse Adam deve nos conhecer. – Disse Edward.

  - Você está certo, Edward. – Disse Carlisle.

  - Será que podem me explica o que está acontecendo? – Ninguém se deu conta que ela tinha falado, ficaram discutindo sobre o assunto. Eu sair de perto de Edward e andei na direção dela. Ela parecia assustada, perdida, sem alguém para explicar do porque ela está ali.     

  Enquanto me aproximava mais, Maria levantou as mãos para cima. Quando as olhou, percebeu que sua cor tinha mudado, não só isso.

  Ela olhou para direção de Carlisle e viu um espelho grande na parede. Olhou, saindo de onde estava e caminhou até espelho. Jasper percebeu que ela caminhava na direção de Carlisle e achou que ela poderia atacá-lo. Ele ficou na frente do Carlisle. Todos menos eu ficaram em posição de ataque. Fui tudo muito rápido, porém para surpresa de todos, ela passou direto de Carlisle e ficou olhando-se no espelho. Colocou sua mão no rosto, acariciou seus braços e depois chegou mais perto e viu seus olhos vermelhos sangue. Era de um vermelho profundo. Não era um vermelho de um recém-criado, nem de um vampiro que se alimenta de sangue humano. Era estranho.

   Maria começou a ficar ofegante, algo estava errado. Olhei para Edward, ele ficou olhando para Maria e depois virou o rosto para Jasper. Jasper olhou para ele.

  - O que está acontecendo, Edward? – Perguntei.

  - Ela está muito irritada, isso é perigoso. Quero que saia daqui. – Edward não desviava os olhos de Maria.

  - Não vou deixar você aqui.

  - Por favor, faço o que peço.

  - Não! – Minha voz veio com autoridade.

  - Droga.

  - Jasper não pode manipulara? – Olhei para Jasper protegendo Alice.

  - Ele tentou, mas não conseguiu.

   Maria começou a virar o corpo e olhou para nós. Seus olhos estavam como fogo em brasa, sua pele vermelha. Ela olhou para Carlisle e andou em direção a ele.

  - O que você fez comigo? – Sua voz parecia trovão.

  - Se acalme Maria. – Disse Carlisle.

  - Me acalmar? Eu queria uma explicação, mas até agora nada. E agora eu vejo isso. –Ela levantou os braços e olhou ao seu redor. – Deve ser pegadinha. Alguma brincadeira sem graça nenhuma. Porque eu não estou rindo, você está me vindo rir Doutor? – Carlisle tentou se aproxima dela. Aquilo estava ficando perigoso.

  - Maria eu vou te explicar, mas, por favor, eu te peço, se acalme. Isso não fará bem a ninguém.

  - E isso que peço. Só quero ir para minha casa, ficar no meu canto. – Ela se acalmou os poucos.

  - Acho que isso não seja possível. – Disse Jasper.

  - Porque não é possível? – Sua fúria voltou.

  - Maria, você acredita em vampiros? – Disse Carlisle.

  - Vampiros? Está caçoando de mim, Doutor?

  - Não. Só me responda, por favor.

  - Não acredito. E porque está pergunta?

  - Porque você deve acredita a partir de agora. Maria, você é uma vampira.

  - Uma o quê? – Ela nem acreditava no que Carlisle estava dizendo. Parecia que todos nós fossemos loucos.   

  - Vampira. –Repetiu Jasper. - Não sabemos quem a... – Enquanto Jasper falava, Maria começou a rir sem parar. Seu riso parecia de bruxa. Ninguém entendeu sua atitude.

  - Que hilário! Cadê a câmera? – Ela ficou rodeando o quarto.

   - Não a câmeras. Isto é sério. Como explica sua cor de pele, seus olhos, sua atitude feroz?

   - Muito fácil. Minha cor deve ser por causa de alguma tinta que vocês passaram, meus olhos devem ser lentes e minha atitude é porque vocês estão me deixando nervosa. 

   - Uma bela explicação, mas esses dois furos que você tem, a fogo abrasador que sentiu?

   Ela abriu a boca, mas sabia que não podia explicar isso. Por alguns minutos, seu rosto mudou, ficou mais branco. Ela andou para trás, como se não tivesse rumo.

  - Maria, me escute isso não é o fim do mundo.

   Ela olhou Carlisle, sua fúria voltava. Num piscar de olhos ela ficou frente a frente de Carlisle.

   - Não me diga... - Ela não conseguia terminar a frase. Sua mão levantou até a altura do pescoço de Carlisle. – O que você vai fazer Doutor?

   - Nada. Eu só quero cuidar de você. – Carlisle não permitiu que os meninos a segurassem. A preocupação era grande pela vida dele, mas naquele momento ela não ligou para nada.

   Maria viu sua reação desabou de joelhos e vendo que seus olhos não saiam lágrimas. Olhou para Carlisle.

  - O que fizeram comigo? – Sua voz era abafada. No mesmo instante, eu sai de onde estava. Deu-me uma vontade de abraçá-la. Ela me abraçou. Sons de agonia saíram de seus lábios.

  - Vai ficar tudo bem. Eu prometo. – Aquelas palavras me deram a sensação de que ela fazia parte de mim, de alguma forma.

  Nós duas ficamos abraçadas, enquanto todos nos olhavam.

 

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