Capítulo 7 (Parte 2) de Pôr do Sol - Procura-se

23/07/2010 20:18

 

   Enquanto a noite chegava rapidamente, eu e Edward estamos no piano. Ele estava tocando minha canção de ninar. Era uma música que não queria esquecer. Renesmee estava no sofá com Rosalie. Nenhuma ligação de Charlie. Eles deviam estar ainda procurando. Carlisle e Esme não tinham chegado. Enquanto Edward tocava, senti que faltava alguém que não via desde manhã. Jacob. Aonde ele devia estar? Ele não e de ficar muito tempo separado de Renesmee.

 Edward percebeu que eu não estava em sintonia com a música.

 - Amor, quer que eu pare? – Edward tocou em meu rosto.

 - Desculpe. E que estava pensando em Jacob. Desde manhã que ele não aparece. É estranho. – Fiquei olhando em seus olhos dourados, com o rosto confuso. Depois escutei um choro. Renesmee começou a chorar dizendo o nome de Jake. Todos vieram para sala tentar tranqüilizara. Peguei-a no colo e a ninei. Ela tocou em meu rosto. Sua mente vagava por Jake. Ela estava com saudades dele. – Ele virá filha. Eu sei que ele também está com saudades de você. –Dei um beijo na testa.

 Depois de alguns minutos, ela acabou adormecendo em meus braços. Dei para Rosalie e ela levou-a para o quarto dela e depois desceu.

 Eu também estava com saudades de Jake. Mesmo depois da discussão com Carlisle. Ele não sumiria desde jeito. Será que houve algum problema na matilha dele ou do Sam? Se fosse, ele avisaria. Ele sabia que preocuparia Renesmee.

 Jasper sentiu meu estado. Veio para o meu lado e colocou a mão no meu ombro.

 - Está tudo bem, Bella. Ele deve ter dito que resolve algum problema na matilha. Eles não têm, ultimamente?

 - Tem. Você está certo.

 Jacob, agora como alfa. Resolvia grande parte dos problemas em La Push. Como Sam estava casado e está em lua-de-mel, Jake tinha que resolver as coisas por lá.

 A noite chegou. Carlisle já tinha chegado da caça e parecia mais tranquilo. Carlisle ficou comigo e com Edward na sala, esperado a ligação de Charlie. Enquanto todos estavam se ocupando, o meu celular tocou. Todos viraram as cabeças na minha direção. Peguei no meu bolso. Era Charlie. Apertei END e coloquei no ouvido. Não precisava colocar no viva-voz. Todos podiam ouvir.

 - Oi Pai!

 - Olá Filha! –Charlie estava com o tom de voz preocupado.

 - Como está tudo? Acharam Maria?

 - Não. E eu temo que algum de ruim aconteceu a ela. – Carlisle ficou rígido no sofá. Sua angustia começou de novo. – Filha, os Cullen estão perto de você? – Percebi que ele não queria que os Cullen escutassem o que ele iria dizer.

 - Não estão. - Omiti – Estão na cozinha. Por quê?

 - Eu queria te perguntar uma coisa que tem haver com algum dos Cullen. –Eu olhei para todos os rostos, pensando o que de tão sério que nem os Cullen podem ouvir.

 - Pode perguntar. O que os Cullen fizeram?

 - E isso que eu quero descobrir. O que eles fizeram com a Maria? Bella, você percebeu algum estranho na casa? Um clima de tensão? –Não estava entendendo nada do que Charlie estava querendo dizendo. “Como assim fizeram com a Maria?”, “Algum estranho na casa?”, “Tensão?”.

– Pai, do que você está falando? – Não via mais os rostos em minha volta.

 - Vou te explicar melhor. Depois que você e Sue foram embora. Liguei para vários locais públicos, também para o celular dela, mas nada dela. Decidi ir a casa dela. Quando estava indo, o telefone tocou, achei que era ela, mas era uma senhora muito transtornada, assustada. Ela está pedindo ajuda, porque parecia que ela tinha visto um assassinato. Tive que dar prioridade ao assassinato. Perguntei o nome dela e a onde ela morava. A Senhora Sarah morava na mesma rua da Maria, era bom, assim depois podia passar na casa dela. Perguntei a ela quem era a vítima. E disse que é sua vizinha, chamada Maria. – Nesse momento todos ficaram imóveis, Carlisle começou a tremer de nervoso. ­– Levei comigo mais três policiais. Quando cheguei, a Senhora Sarah já estava nos esperando na porta. Entramos e ela contou o que aconteceu.

   “Que viu um homem pálido, muito bem vestido, com um carro de última geração, com ela, entrando na casa com ela. Quando estava anoitecendo e ela estava olhando a rua viu este homem saindo da casa com Maria nos braços e ela estava muito ensaguentada, nem dava para ver seu rosto. A cabeça estava tombada para trás. Parecia estar morta. E depois ele colocou o corpo dela no carro, com muita tranqüilidade, como se nada tivesse acontecido e entrou no carro normalmente e fui embora. Perguntei a ela se já tinha visto este homem antes, e me disse que ele parecia muito com os Cullen. Tinha a mesma elegância, cor de pele, deles. E por isso que estou perguntando a você, Bella. Se você sabe de algum. Por favor, não os proteja, eles são suspeito do crime.

 Enquanto meu pai falava, todos da sala ficaram sem reação, principalmente Carlisle. Temia pela sua insanidade no momento, mas ele já estava alimentado, ele iria pensar com mais clareza. De repente, Carlisle me surpreendeu, pedindo para que eu continuasse.

   - Er... E... Pai, eu tenho certeza de que os Cullen não fizeram isso. E não aconteceu nada de anormal aqui. – Minha voz soou meio rouca, mas meu pai não percebeu.

 - Tem certeza, mesmo? –Disse me testando.

 - Completamente.

 - Eu já não, filha. Tem algum ai. E se a Senhora Sarah falou que são eles, então só pode ser.

   - Primeiro pai, a Senhora Sarah disse que acha que se parece com um dos Cullen. Contudo, quero que ela conte a história para mim. Passe o telefone para ela.

   - Se você quer comprovar...

   Passou uns 2 segundos e uma voz assustada, rouca e fraca estava no telefone.

   - Alô! –Disse a Senhora Sarah.

   - Olá Senhora Sarah. Meu Nome é Bella. Sou filha do Chefe Swan e esposa de Edward Cullen. Eu queria que você me contasse o acontecido para mim, por favor.

   - Claro. –Ela suspirou e começou. – Eu estava na janela de minha casa regando as flores e de repente pareceu um carro vermelho, muito bonito, era de última geração. Eu não sei marca do carro. O carro parou na frente da casa da Maria, e depois ela e um homem muito bem vestido... – Acabei interrompendo ela com uma pergunta.

 - Como ele estava vestido?

 - Ele estava vestindo um sapato preto social, muito brilhante, como se estivesse acabado de comprar, uma calça jeans escura, uma blusa social azul escuro e um, sobretudo preto. Posso continuar? – Pediu.

   - Claro, mas descreva-o.

   - Ele era pálido como giz, tinha o cabelo espetado para todos os lados. Bom, voltando. Eles dois saíram e ele a levou até a porta. Parecia um homem muito gentil. Ela estava com a blusa branca, com sangue, mas como se tivesse secado na blusa, parecia até mancha. Estava com um cobertor em volta. Ele a abraçava aninhava seu cabelo. E os dois entraram. Tinha ficado preocupada, ela sempre acenava para mim quando passava, mas não acenou. Quando entardeceu, e não tinha nada o que fazer, fui a janela ver a rua e de repente a porta da casa da Maria abriu e fechou, vi...- Sarah deu um pigarro antes de continuar. – o homem saindo com ela no colo. Ele parecia tão tranquilo, parecia que estava sorrindo. Quando o olhei andando devagar, vi seus braços ao redor do corpo de Maria toda ensangüentada, nem seu rosto dava para ver. –Sua voz começou a ficar transtornada. – Sua cabeça estava para trás a boca aberta. Ela parecia estar morta e o homem nem estava ligando. Quanto ele andava... –De repente uma pausa de alguns segundos, ela não disse nada, até que eu fiquei angustiada.

 - E o que Senhora Sarah? O que você viu?

 Com uma frase, todos da sala pularam de horror. O pior podia ter acontecido.

 - Os seus olhos. Eram vermelhos com o sangue dela. Ele tinha se virado para mim e olhando em meus olhos. Quando vi seus olhos fiquei com medo dele. Depois ele sorri para mim. Eu não acreditava no que estava vendo. Ele colocou o corpo dela e saiu. – Outra pausa. – Não eram os Cullen. Eu já vi a família do Doutor Carlisle no hospital e eles não são aparecidos com o homem. Muito menos os olhos.

 “- Então, quer dizer que a Senhora viu errado a pessoa, que não foi um dos Cullen?” - Disse meu pai no fundo.

   - Sim. - Sarah concordara. E continuou. – Eu estava apavorada com aquilo. No momento que o vi achei que era um Cullen, mas agora que estou mais calma e relembrando a cena, percebo que errei.

 “Está tudo bem. Obrigado por nos anunciar.”

 Charlie pegou o telefone de volta. Alguns minutos se passaram até ele falar. Ele devia estar envergonhado consigo mesmo.

 - E... Bella. Desculpe pela acusação. Eu devia...

 - Pai, não precisa se desculpar. Este é seu trabalho. Está tudo bem. Ninguém está chateado com você.

 - Como assim, ninguém? Você contou a eles? – Sua voz ficou nervosa e ao mesmo tempo constrangida.

 - Desculpe pai, Eles estavam ouvindo o que a Senhora Sarah estava falando. Carlisle pediu para saber as notícias sobre a Maria.

   Carlisle gesticulou para que eu entregasse o celular para ele.

 - Charlie? Sou eu, Carlisle. Desculpe-me por estar ouvindo a conversa, mas era necessário. Prometi para a mãe dela que iria cuida de Maria, mas não conseguir cumpri-la. Então, Bella me prometeu que quando tivesse notícias sobre ela, me avisaria.

 - Eu entendo Carlisle. Eu não estou chateado.

 - Tem alguma pista, Charlie?

 - Não muitas. Só o depoimento da Senhora Sarah e umas marcar de pneu no asfalto. Alguns dos policias foram ver até aonde vai.

 - Viram a casa dela?

 - Sim. Tem muito sangue no sofá. Muito mesmo. Ela deve estar muito ferida, mas a casa está organizada, nada fora do lugar. Parece que não teve briga.

 - Então. Ela não brigou com o homem? –Carlisle ficou espantado. Qualquer humano brigaria se estivesse em perigo, porque ela não?

 - Não. E estranho. Acho que ela o conhecia.

 - Pode ser. Se você tiver qualquer notícia, qualquer coisa mesmo, não hesite em me ligar.

   - Tudo bem.

 Charlie pediu desculpas por ter acusado eles. Carlisle disse a mesma coisa que eu tinha dito que não precisa pedir desculpas, era a sua função. E depois desligou e entregou o celular para mim.

 Carlisle e Esme ficaram comigo no sofá como Edward e Renesmee. Jasper e Emmett foram para fora continuar a fazer o que eles estavam fazendo.

   Agora que a noite estava completamente negra, ficamos no sofá, falando do crescimento de Renesmee que estava diminuindo. Ela não seria grande como o pai, mas seria um pouco maior que eu. Renesmee já tinha aparência de uma adolescente de 11 anos.

   Era tudo muito desanimado. Carlisle só assentia a cabeça concordando e lançava um sorriso, como se dissesse que está bem. 

   Depois de duas horas, meu celular começou a toca.

 - Aló!

 - Filha, passa para o Carlisle. Tenho notícias. - Entreguei o celular para ele.

 - Pode falar Charlie.

 - Carlisle,... Tenho... Péssimas... Notícias... – Charlie não conseguia pronunciar as palavras. Era como se ele quisesse chorar. Algum muito ruim aconteceu.

 O rosto de Carlisle se transformou em preocupação. Todos da família já estavam na sala escutando o que Charlie e Carlisle estavam falando. Esme postou-se perto de Carlisle.

 - O que aconteceu, Charlie? – Disse Carlisle.

 - Achamos o carro, mas nenhum sinal deles. O que tem no carro é só sangue no banco do carona.

 - Vocês estão a onde?

 - Perto da fronteira para Port Angeles. O carro está perto da mata. O assassino levou o corpo para a mata adentro.

 - Eu estou indo ajudar vocês. – Carlisle já estava se levantando e pegando a mochila que tinha deixado pronta.

 - Não precisa Carlisle. Os grupos do Sam e do Jacob estão aqui nos ajudando. –Por isso que Jacob ficou fora, estava ajudando nas buscas. E claro, era mais fácil para Charlie a ajuda dos lobos. Como eles tinham experiência em achar pessoas, como me acharam na mata, Charlie confiava neles.

 - Mesmo assim, Charlie, eu irei ajudar nas buscas. Sinto-me obrigado a fazer isso.

 - Tudo bem. Precisamos de bastantes pessoas. A mata é densa e não sabemos para o onde ele a levou. 

 - Sim. Já estou indo. Até!

 - Até!

 Carlisle desligou o celular e entregou-me. Edward levantou-se indo em direção a Carlisle, enquanto ele pegava a mochila.

 - Eu vou com você. –Disse Edward olhando para Carlisle se arrumando.

 - Não precisa.

 - Precisa, Sim. Toda a ajuda é bem-vinda.

 - Ta! Então vamos.

 Enquanto Carlisle e Edward se arrumavam, Esme, Alice, Jasper, Emmett, Rosalie e Eu, nos postamos de pé. Carlisle percebendo que não venceria, assentiu com a cabeça.

 - Toda a ajuda é bem-vinda. – Repeti.

 Edward foi para o meu lado, enquanto me arrumava.

 - Não quero que vá conosco.

 - Por quê? Eu quero ajudar vocês.

 - Você tem que ficar com a Renesmee. Vai levá-la conosco? E perigoso pra ela. –Olhei para Renesmee Não queria colocá-la em risco.

 - Tudo bem, mas, por favor, se cuidem e cuidem de Charlie. Tenho medo que algum...

   - Estaremos de olho nele. Não se preocupe. –Ele me deu um beijo na testa e outro nos lábio e olhou em meus olhos. – Te amo.

 - Também te amo. –Disse.

 Ele foi até a Renesmee e deu um beijo na testa.

 - Daqui a pouco papai volta.

 - Se cuida papai.

   - Sempre.

   Todos se despediram de nós duas e foram para a garagem. Escutei os carros rugindo e sumindo.

   Enquanto escutava os sons dos carros sumindo, olhei para Renesmee, seu rosto estava triste. Andei até ela, pegando seu rostinho de porcelana.

 - Não fique assim. Vai ficar tudo bem.

 - Eu estou preocupada com o vovô Carlisle.

 - Também estou, mas você sabe por que ele está fazendo isso.

 - Sim, eu sei.

 - Então, não tem perigo nenhum. Todos vão ficar bem. – Dei um beijo em sua testa e abracei-a. – Só estão querendo ajudar.

 - Também estou preocupada com a moça que sumiu.

 - Vão encontrá-la. –Fiquei triste de ver Renesmee daquele jeito. Decidi dar um pouco do que ela adora. – Enquanto esperamos eles chegarem, vamos ver alguma coisa? Que tal um filme? – Fiquei sorrindo, ela retribuiu. Sabia que enquanto ela visse, ela acabaria dormindo.

   - Ta legal! Mas eu escolho.

 - Tudo bem. – Andei até o estante de DVD. – Qual você vai querer? – Pelo menos um sorriso se abria.

 - Hum... Quero... – Ficou olhando para o teto, pensando. – Romeu e Julieta.

 - Ta bom. –Coloquei o DVD e voltei até o sofá.

 Enquanto o filme passava Renesmee já esta quase dormindo, bocejava toda hora, até que acabou dormindo na metade do filme.

   Renesmee dormia tão profundamente, que se uma bomba nuclear explodisse, ela não acordaria. Parece exagero, mas quem já dormiu perto do Jacob e dos outros lobos aquenta tudo.

   Peguei-a no colo levando ela escada a cima até o quarto de Rosalie. Desci e fui até a estante tirar o DVD. Enquanto tinha terminado de guardar, virei para ir até sofá. Percebi um cheiro bem comum, estava forte. Andei até onde o cheiro me levava. Parei na porta da entrar, desci meu olhar até o chão. Percebi que tinha uma elevação no chão, se movia muito fraco. Abria a porta, me deparei com algum assustador, um corpo. Estava todo ensanguetado, não dava para identificar quem era. Olhei para fora, “Quem tinha colocado um corpo aqui?”. Voltei a olhar o corpo, sua respiração era muito fraca e seus batimentos quase parando. Tinha que pensar rápido. Fui para a escada correndo o máximo que podia, pequei um lençol grosso e desci. Enrolei no corpo e subi de novo indo para o quarto branco. Vendo aquela pessoa toda ensanguetado e aquele quarto, tive uma leve lembrança turva de quando tive Renesmee.

   Fiquei andando pro lado e para outro sem saber o que fazer. O sangue estava tão forte e ao mesmo tempo delicioso. Tinha que pensar naquela pessoa, salva sua vida. Eu não era médica, então liguei para Carlisle. Disquei o número rápido e começou a chamar.

   - Oi Bella.

   - Carlisle, venha para casa agora. Preciso da sua ajuda.

   - O que aconteceu? –Sua voz ficou preocupada.

   - Não tenho tempo de explicar é só que alguém deixou um cor... –De repente me lembrei de algum. – Carlisle, como a Maria estava vestida antes de sumir?

    - Estava de calça jeans azul escura, tênis marrom de cadarço, uma blusa branca e... – E o interrompi, sabendo o que ele iria fala.

   - Um casaco rosa escuro?

   - Como você sabe?

   - Porque o que eu estava querendo dizer e que deixaram um corpo aqui na porta da sua casa e pela discrição, o corpo é da Maria. – Olhei para ela, está horrível. Ela estava morrendo. Minha voz começou a subir e ficar descontrolada. – Carlisle, você tem que vim para casa, ela está morrendo, eu não sei o que fazer.  

   - Eu não acredito. Ta bom. Eu estou indo agora. Tenta fazer massagem cardíaca nela. Bella, não a deixe morrer, por favor.

 - Não vou deixa. –Sentia como se aquilo fosse parte de mim. Ver aquela garota ensanguetado, machucada, sem ninguém que podia protegê-la.

   Enquanto Carlisle me dava algumas instruções pelo celular. O coração de Maria parou e sua respiração falhou.

   - NÃO! –Gritei no telefone e soltando ele até cair no chão.

 Ouvi Carlisle gritando para saber o que tinha acontecido. Cheguei mais perto dela para ver se tinha algum batimento, mas não tinha. Prendi a respiração e comecei a fazer massagem cardíaca no peito. Nenhum sinal de vida. Comecei a ficar nervosa. Carlisle continuava a gritar pelo celular. Eu sabia o que tinha que fazer, mas eu não sabia se era uma boa ideia. Abria a boca dela e comecei a soltar ar pela boca. Seu sangue tinha um aroma delicioso e o gosto era melhor, mas eu tinha que me controlar. Fiquei pensando na vida dela. Enquanto soltava ar pelo pulmão, ao mesmo tempo fazia massagem cardíaca. Nada do coração bater. Quando ouvi a porta da frente abri e o do quarto também. Carlisle ficou na frente do corpo, olhando com os olhos arregalados de horror. Quando Carlisle chegou, eu continuava a massagear seu peito. Tentando reanimar. Edward me puxou.

 - Deixe Carlisle tentar.

 - Edward eu tenho... –Não tinha percebido quando minha voz estava assustada e descontrolada até aquele momento.

 - Você tentou fazer de tudo, agora deixe Carlisle tentar. - Edward estava com a voz calma, me tranqüilizando. 

 - Mas... -E queria ajudar, era o máximo que eu podia fazer para aquela garota.

 - Mas nada, Bella. E melhor você se limpar. – Ele olhou para mim e ao mesmo tempo eu também me olhei percebendo que estava toda cheia de sangue pelo corpo.

 - Ta bom. Vou tomar um banho, mas vou voltar logo.

  - Tudo bem.

 Fui para o banheiro tomar um banho rápido e depois peguei uma roupa que tinha no quarto antigo de Edward e voltei para o quarto. Carlisle estava de joelhos na frente do corpo e Esme ao seu lado. Todos estavam olhando para a cena. Fui para o lado de Edward olhei para os seus olhos dourados e ele baixou a cabeça. “Ela estava morta”, Carlisle não conseguiu cumprir sua promessa. Fui até ao lado de Carlisle ajoelhei e olhei para o corpo.

 - Tentei fazer de tudo.

 - Eu sei Bella. E agradeço, mas não deu. - Ele voltou seus olhos dourados para o corpo. Era com se um pai visse seu filho morto.

 - Você não acha que foi melhor para ela? Ela estava sofrendo muito. Perdeu tudo que tinha. Agora ela está junto com a família. – Disse Alice.

 - Por parte você tem razão, Alice, mas no fundo eu queria cuidar dela.

 - Bom o que vamos fazer agora? – Perguntou Emmett.

 - Não estou com cabeça para isso. – Carlisle se levantou virou para eles.

   - Vamos para sala e pensamos o que faremos com o corpo. – Disse Edward.

   Todos assentiram e caminharam até as escadas.

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