Livro da Maria! Capítulo 47 – Os monstros também amam.

Novo Capítulo Pessoal!!

Adoro vocês. Sempre comentários positivos e construtivos. Adoro todos os meus leitores!! Obrigado mesmo!

E o que achram do Trailer da Fic?

Aproveitem o Capítulo.

Boa leitura!!

Capítulo 47 – Os monstros também amam.

       Há segunda semana chegou, e hoje os Cullen iriam caçar. Estava em meu quarto lendo o livro Senhora de José Alencar. Era dos pouquíssimos livros brasileiros que Edward tinha deixado no arsenal do quarto. Lembro-me bem de meu pai contando essa história. Uma bela jovem chamada Aurélia Camargo, filha de uma pobre costureira e órfã de pai, apaixonou-se por Fernando Seixas – homem ambicioso - a quem namorou. Este, porém, desfez a relação, movido pela vontade de se casar com uma moça rica, Adelaide Amaral, e pelo dote ao qual teria direito de receber.

      Passado algum tempo, Aurélia, já órfã de mãe também, recebe uma grande herança do avô e ascende socialmente.Passa, pois, a ser figura de destaque nos eventos da sociedade da época.

      Dividida entre o amor e o orgulho ferido, ela encarrega seu tutor e tio, Lemos, de negociar seu casamento com Fernando por um dote de cem contos de réis (Era o dinehiro na época). O acordo realizado inclui, como uma de suas cláusulas, o desconhecimento da identidade da noiva por parte do contratado até as vésperas do casamento.

     Ao descobrir que sua noiva é Aurélia, Fernando se sente um felizardo, pois, na verdade, nunca deixara de amá-la. E abre seu coração para ela.

     A jovem, porém, na noite de núpcias, deixa claro: "comprou-o" para representar o papel de marido que uma mulher na sua posição social deve ter. Dormiram em quartos separados. Aurélia não só não pretende entregar-se a ele, como aproveita as oportunidades que o cotidiano lhe oferece para criticá-lo com ironia. Durante meses, uma relação conjugal marcada pelas ofensas e o sarcasmo se desenvolve entre os dois.

     Fernando, todavia, trabalha e realiza um negócio que lhe permite levantar o dinheiro que devia a Aurélia. Desse modo, propõe-se a restituir-lhe a quantia em troca da separação. Considerando o gesto uma prova da regeneração de Fernando, Aurélia, que nunca deixara de amá-lo, é vencida pelo amor. Aurélia mostra para Fernando um testamento, escrito após o casamento deles, em que ela deixa toda sua herança para ele,e assim eles descobrem que realmente se amam.

      É uma linda história de amor, diferente de todos romance. Movida pela vingança de seu antigo amado, ela descobri que nao pode lutar contra o amor que sent por Fernando e ele descobri o quanto ama sua Aurélia.

      Eu queria estar apaixonada por alguém novamente, ter uma vida com ele, uma familia, mas tudo se arruinou desde que virei este monstro. O incrível, era que Carlos ainda vivia em meu coração, na minha mente, mas até quando?

      Enquanto os Cullen estavam se arrumando para caçar, Edward e Bella disseram que não iriam, porque já tinham se alimentando alguns dias atrás. Carlisle quis me convencer para que fosse, mas insistir que não queria, que já estava satisfeita. Renesmee iria também, então não teria companhia por hora. Despedi de todos e subi para o quarto.

       Alguns minutos de passaram até ouvi gemidos abafados e beijos.

       Eu não acredito que isso está acontecendo. Pensei

       - Aqui não. Maria pode ver.

       - Ela é grandinha. – E voltaram a se beijar.

       Por isso era tão ruim ter uma super audição e escutar tudo ao seu redor.

       Bufei e caminhei em direção a janela. Pulei e fiquei um pouco no jardim.

       Fiquei andando entre as flores que Esme cultivava e lembrei o quando meus pais também adoravam cuidar das flores.

       Lembro de um capítulo de minha vida quando era muito feliz em que sempre meu pai chegava cedo do trabalho e nossa família ia para o jardim e plantava novas sementes, molhava as plantas, adubar, era tão bom. Era um momento especial para todos nós.

       Então, uma saudade grande e uma triste ainda pior, por saber que nunca mais irei vê-los. O que mais queria saber era se eles estavam felizes a onde estivesse. Se estão juntos... É o que quero saber, assim estaria em paz comigo mesma.

       Eu comecei a ouvir uma movimentação na casa e alguns sussurros, mas não dei importância.

       Voltei minha atenção às flores e cheia as camélias. Eram simples, mas românticas. Eram as prediletas de minha mãe. Quando meus pais namoravam, ele sempre levava um buque de camélias para ela.

       A movimentação da casa estava maior. Será que os Cullen voltaram? Duvido, eles saíram agora pouco. Fiquei curiosa. Até escuta Edward me chamando.

       - Maria. Será que você pode descer. Temos visitas e estão querendo te ver.

       Eu abri a porta, mas me lembrei que todos disseram para mim não aparecer para ninguém.

       - Mas vocês disseram que eu não podia aparecer pra ninguém. –Estava escondida na pilastra ao lado do quarto.

       - Sim, mas esses são amigos da família. Aqueles que se transformam em lobos. Lembra-se?

       - Jacob, isso? – lembrei que Carlisle, Bella e Renesmee tinham falado muito deles.

       - E, e em outro amigo. Seth.

       Escutei uma voz grossa, meio bruta falar.

       - Como ela sabe quem somos nós? 

       - Nós contamos a ela, e ela já tinha visto uma foto sua na casa do Charlie. – Disse Bella.

       - Quero explicações.

       - E você terá. Só fiquem calmos. Os dois.

       Ouvi-os respirarem fundo.

      - Se você está dizendo que posso. – Eu sai da pilastra e andei sem olhar para todos.

      Eu escutei Edward falando com Bella ainda indeciso.

      - Tem certeza?

      - Tenho.

      Agora estava com medo. Minha mente gritava para eu voltar para o quarto, mas algo em falava para ir, como se algo bom iria aparecer.

     Eu comecei a descer. Ainda estava com a postura indefesa. Fiquei atrás de Edward, ainda com a cabeça baixa. Senti Bella ao meu lado numa forma de proteção.

    - Você se lembra dela, Jacob? –Disse Edward.

     - Ela foi dada como morta... Eu não estou acreditando.

    - Ela foi encontrada na porta de casa. Bella a achou. Não sabemos quem a transformou. Mas pelo que ela falou, tem outro vampiro rondando Forks. Chamado Adam. Ela parecia estar morta, quando chegou, mas vimos às marcas atrás do couro cabeludo.

      Eu ainda continuava de cabeça baixa sem olhar para eles, escutando tudo que diziam.

     - Maria, não precisa fica assim. Levante a cabeça olhe para eles. –Disse Bella.

     - Tenho medo. – Confessei.

     - Medo de que? Vai, tenta fazer um esforço.

      Levantei a cabeça e olhei-os. Olhei primeiro para o moreno, forte e com cara de mal. Parecia ser o Jacob. Depois olhei para o outro, que devia ser o Seth. Ele em olhava estranho. Não como o outro que parecia estar com raiva. O tal Seth parecia ...Admirado. Mas com o que? De repente ele sorriu para mim e veio na minha direção. Comecei a ficar desesperada. O tal Jacob percebendo o que ele ai fazer pegou o braço dele e olhou furioso.

       - O que a com você Jake? –Disse Bella.

       - Só acho que vocês fizeram a coisa errada. Algo em mim me diz que ela não é confiável.

       Como assim não sou de confiança? Ele ficou doido?

      - Não exagera. Você está completamente errado. Ela é uma ótima pessoa.

      - Não sou nada disso. –Disse.

       - Você é sim, Maria, além de ser adorável. –Disse o tal Seth. Ele não desviava os olhos de mim. Senti algo estranho no meu corpo. O que estava acontecendo?

      - Cala a boca, Seth. Fique fora disso. - Disse Jacob.

       - Será que você pode parar de me olhar. Está me irritando. –Disse para Seth.

       Ele não tirava os olhos de mim. Como se fosse um boboca apaixonado. Estava me incomodando. Claro que não estava irritada como disse, mas sentia algo diferente por aquele Seth que me incomodava e assustava.

       - Não consigo. E mais forte do que eu. E como se eu fosse ligado a você.

       - Pelo amor de Deus. Bella, eu vou subir. Desculpe-me. - Eu me virei para os meninos. – E me desculpe a vocês, mas não estou me sentindo bem. Perdoe se os destratei, mas quero ser amigas de vocês, menos desse garoto que não para de me olhar. Jacob, eu não faço mal a ninguém, amo as pessoa e estou sofrendo muito sem ter mais vida. Perdi tudo que tinha e só tenho essa família. Não brigue com eles, só estão me ajudando.

    - Se conforme, Jake. Ela agora é uma Cullen. –Disse Bella.

     - Isso é verdade? – Jacob se virou para Edward.

     - Sim. Carlisle a adotou. Uma promessa que ele fez a mãe dela antes de morrer. Vou te contar melhor. Vamos para fora.

     - Vamos sim. Não agüento ficar junto com ela. Nunca tive essa sensação com ninguém, não sei por que eu a odeio só de ver, mas não espere por uma amizade minha... Não estou sendo indelicado só realista. Desculpe Bella e Edward, mas ela fede mais do que vocês.

    Senti uma pontada estranha no peito, que não tinha vida, uma triste grande de inundou. Queria sair dali. Estava sendo rejeitada da pior forma por uma pessoa que nem me conhece e nem fiz nada a ele. Queria chorar, mas nada sai, nenhuma lágrima.

   - Como que você pode tratá-la assim, só por vê-la? –Disse Bella.

   - Como eu disse. Eu não sei.

   - Você está sendo rude, Jake. –Disse Seth.

    - Só estou falando a verdade. Vamos, Seth. E melhor ficarmos lá fora. Edward ira explicar essa história toda.

   Edward e os dois homens saíram e ficaram perto da entrada, conversando.

   Senti que Bella estava me olhando, mas não a olhei de volta com vergonha e tristeza.

   - Ele não disse por mal. – Disse Bella.

    - Não tem problema. Mas eu só quero esquecer esse momento, vou para o quarto.

   - Desculpe Maria.

    Bella era uma irmã para mim. Sempre se pondo no caminho dos outros para confortá-los. Eu a amava. Era estranho. Sentia uma grande ligação a ela e sabia que ela também sentia, mas por quê?

   - Você não tem que se desculpar. A culpa não é sua. E sim minha.

   - Não é sua. Porque te faz pensar nisso?

    Para mudar de assunto, pensei em uma desculpa para subir e me afogar em minha tristeza e magoa.

   - Tenho algumas coisas que estou me lembrando aos poucos, mas não quero dizer isso agora. Depois te contarei.

   - Claro.

   Eu subi sempre com meu ritmo humano e entrei no quarto, caindo na cama e chorei, sem as lágrimas saírem. Só gemidos de sofrimento e tristeza por tudo que estou passando.